* O STF deu 48 horas para Jair Bolsonaro explicar por que se hospedou por dois dias na embaixada da Hungria, quatro dias depois de ter seu passaporte apreendido pela Polícia Federal. O jornal americano The New York Times divulgou imagens de Bolsonaro chegando ao local no dia 12 de fevereiro, no meio do feriado de carnaval, e sendo recebido pelo embaixador húngaro. A reportagem diz que os funcionários da embaixada foram orientados a não voltarem para trabalhar presencialmente depois do feriado. As imagens mostram que ele deixou a embaixada no dia 14. Bolsonaro não negou que esteve no local, mas disse que foi apenas conversar com o chanceler. A Hungria é comandada por um governo de extrema-direita e o primeiro-ministro já foi chamado de "irmão" pelo ex-presidente. ** No início da noite de ontem, o Itamaraty convocou o chanceler húngaro para pedir explicações sobre o episódio. De acordo com o colunista do UOL Jamil Chade, o embaixador permaneceu em silêncio durante uma reunião de 20 minutos e sempre mantendo contato com seus superiores em Budapeste. O governo suspeita, segundo a coluna, de que o diplomata tenha coordenado eventuais respostas ao Itamaraty com a defesa do ex-presidente. Leia mais detalhes. * O relatório da Polícia Federal sobre o assassinato de Marielle Franco não descreve provas que confirmem os encontros de Domingos e Chiquinho Brazão com o ex-policial militar Ronnie Lessa. O documento também não traz provas que estabelecem uma vinculação com o delegado Rivaldo Barbosa. Os três foram presos no domingo a partir de relatos da delação premiada de Lessa. A PF declara, no entanto, dificuldades em obter 'prova cabal' contra os suspeitos após 6 anos do crime. As provas obtidas pela PF apontam para a provável origem do veículo clonado usado no atentado que matou a vereadora e o motorista Anderson Gomes, e indicam um possível local de descarte das munições usadas. Leia mais na Folha. ** A CCJ da Câmara vai analisar hoje a prisão de Chiquinho Brazão. Como ele é deputado, a Câmara precisa chancelar a manutenção ou revogar a prisão. A votação é aberta e o resultado é promulgado na própria sessão, depois disso segue para aprovação em plenário. A presidente da CCJ, deputada Caroline de Toni, escolheu Darci de Matos, do PSD, para ser o relator por ele não ser de nenhum dos partidos envolvidos. Brazão foi preso no domingo pela PF, apontado como um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. * O Conselho de Segurança da ONU aprovou cessar-fogo imediato em Gaza. A trégua valeria durante o mês sagrado do Ramadã, que vai até 9 de abril. A resolução determina a libertação imediata dos reféns mantidos pelo Hamas e a abertura de Gaza para ajuda humanitária, foi aprovada por 14 dos 15 membros e os Estados Unidos se abstiveram. O governo de Israel criticou a resolução, sinalizou que não pretende obedecer ao cessar-fogo e disse que a abstenção dos EUA é "um recuo na posição consistente desde o início da guerra". Em resposta, Benjamin Netanyahu cancelou a visita de uma delegação israelense a Washington que iria discutir uma operação militar em Rafah. Leia mais. * Daniel Alves saiu da prisão depois de pagar fiança de R$ 5,4 milhões. O ex-jogador, que foi condenado na Espanha a quatro anos e seis meses de detenção por estupro, estava preso havia 14 meses. Como ainda cabem recursos, a sua defesa pediu que ele fique em liberdade até a decisão final. Daniel Alves não poderá se aproximar da vítima, teve os seus passaportes apreendidos e precisa se apresentar à justiça espanhola toda sexta-feira. Leia mais. * Gabigol foi punido com dois anos de suspensão por tentar fraudar exame antidoping. O Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem entendeu que o jogador do Flamengo quis impedir a realização de um exame-surpresa no centro de treinamento do clube, em 8 de abril do ano passado, e teria atrasado a coleta de sangue e de urina pela autoridade de controle de dopagem. A condenação passa a contar a partir do dia do fato, por isso o jogador ficará disponível para jogar de novo em abril de 2025. A defesa dele ainda pode recorrer da decisão e o Flamengo afirmou que vai ajudar o atleta na representação do recurso porque entende que não houve tentativa de fraude. * O Brasil enfrenta a Espanha hoje no segundo amistoso da seleção comandada pelo técnico Dorival Júnior. O jogo tem como motivação o combate ao racismo e o Estádio Santiago Bernabéu, em Madri, estará decorado com a frase "Uma só pele, uma só identidade". A Espanha ainda tem problemas para controlar casos de racismo em seus estádios e fora deles. Ontem, Vini Jr. se emocionou durante entrevista da seleção ao tratar o tema. O jogador tem sido vítima constantemente e disse que já pensou em deixar o Real Madri, mas que seguirá lutando porque, se sair, estará "dando o que querem os racistas". O amistoso da seleção começa às 17h30 (horário de Brasília). |
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