Bom dia!
O Ibovespa terá uma batalha inglória nesta semana para voltar a subir. É que a segunda começa com as bolsas no terreno negativo, num misto de cansaço, após sequência de recordes, e cautela. Essa semana é de quatro dias para investidores, mas a agenda de indicadores avança pela sexta-feira santa.
No Brasil, os dois dados mais importantes saem amanhã. O Copom divulga a ata da reunião da semana passada, e investidores buscarão explicações para aquilo que ficou mal respondido no comunicado divulgado logo após o corte da Selic.
No texto preliminar, o BC disse que houve uma elevação da incerteza para retirar a indicação de que promoveria novos cortes (no plural) na Selic. Agora, está contratada mais uma queda adicional da Selic em 0,50 p.p., antes da reavaliação da rota. O problema, para o mercado financeiro, foi a mensagem vaga sobre a origem dessa "incerteza", ainda que o texto tenha citado a persistência da inflação global e, no Brasil, a resiliência da inflação de serviços.
Logo depois da ata do Copom, investidores terão à disposição o IPCA-15, que atualizará o movimento dos preços no Brasil.
A semana se completa com nova leitura do PIB americano e, em pleno feriado, a inflação americana medida pelo PCE, a mais usada pelo Fed para decidir o que fazer com os juros por lá.
Só isso já seria motivo o bastante para uma semana azeda. Quando os dados saírem, os mercados estarão fechados, o que significa que investidores não poderão mudar suas apostas imediatamente após conhecerem os números. Isso, via de regra, deixa o mercado mais cauteloso – ou seja, tende a limitar altas.
Os futuros em Nova York operam em queda, mesmo sinal das bolsas europeias. A Ásia também fechou em baixa. O sinal positivo do mercado é o petróleo, que avança e vai garantindo um pré-mercado em alta para a Petrobras. Não o bastante para levar o EWZ, o ETF da bolsa brasileira em Nova York, para o azul. Bons negócios.
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