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| Lugares para comer curry em São Paulo (e provar que ele não é sempre igual) |
| | Gabrielli Menezes |
| Você já fez curry em casa? Do zero. Juntando cada especiaria, tostando, moendo, misturando tudo a outra porção de temperos frescos refogados e fazendo todas as etapas necessárias para chegar à pasta que, enfim, tem potencial para elevar qualquer receita? Foi me arriscando na cozinha que percebi que, além de complexo, esse processo pode ser infinito — alguém aí de exatas poderia determinar o máximo de combinações entre os temperos do Oriente? Colonizadores da Índia, os ingleses resumiram essas possibilidades em um prato ensopado. Mas São Paulo e sua diversidade cultural — explícita nas quatro recomendações abaixo — prova que curry está longe de ter a mesma fórmula. Afinal, as especiarias viajaram o mundo, desembarcando inclusive em países onde os europeus atracavam seus navios. Há opções originais servidas no indiano Curry's, na Liberdade, e no tailandês Ping Yang, nos Jardins. "Na Tailândia, existem centenas de tipos de curries. Variam pela região, origem, adaptação de quem cozinha, técnicas, receitas e sazonalidade", conta o chef Maurício Santi. Uma variação da versão simplificada dos ingleses é o karê, mais espesso e adocicado pela adição de maçã. Introduzido em 1859 como um item de luxo nos primeiros restaurantes ocidentais do Japão, o curry ao estilo nipônico passou a integrar o cardápio das forças armadas e, após a Segunda Guerra, da merenda escolar. "Junto do ramen, é um dos pratos mais consumidos no país", conta o produtor cultural Jo Takahashi. Na capital paulista, é fácil encontrá-lo em botecos japoneses, como o Hirá, na Vila Madalena. |
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| Publicidade | | | | Gabrielli Menezes/UOL | Curry's Culinária Indiana | Pode ser difícil entender o cardápio pensado pelo casal Rakesh Kanojia e Kanchana Kanojia. Minha dica: confie que irá provar, ali, a autêntica culinária indiana. O cordeiro vindaloo, marinado em vinho e alho, leva curry de cebola, tomate, pimenta, gengibre e mais especiarias. Bem servida, a refeição com arroz basmati, pão naan, samosa, saladinha e daal de lentilha sai a R$77. Vai lá: Rua Thomaz Gonzaga, 45C, Liberdade. @currysculinariaindiana | |
| | Divulgação | Hirá Ramen Izakaya | Espesso pela farinha, o karê é um equilíbrio entre o garam masala e a mistura própria de cravo, canela, cominho, coentro, açafrão, cardamomo, feno-grego, mostarda e gengibre. Tudo isso gera uma potência levemente adocicada, perfeita para acompanhar a fritura do frango ou do porco empanado. O prato, com gohan, custa R$59 (aos fins de semana) ou R$68 (no menu executivo). Vai lá: Rua Fradique Coutinho, 1240, Pinheiros. @hiraramenizakaya | |
| | | Lucas Terribli | Le Jazz Brasserie | Sim, o curry também pode ter vez num prato belga adotado pelos franceses: o moules et frites. As especiarias dão mais sabor ao molho base, de manteiga e vinho branco. Sempre que peço, me desafio a pegar o máximo possível do caldo a cada mexilhão ou batata frita que vai à boca. O prato é servido de quinta a domingo, em dois tamanhos (R$54 ou R$89,50). Vai lá: Shopping Higienópolis (Av. Higienópolis, 618). @lejazzbrasserie | |
| | Lucas Buzzo | Ping Yang | Preparado com carne bovina (R$98), o curry gaeng massaman tem raiz no século XVII e na influência da cultura persa no Reino de Sião (região onde hoje é a Tailândia). O molho combina ingredientes secos tostados -- como cardamomo, cominho, cravo e noz-moscada -- e frescos, que são transformados em pasta e fritos em leite de coco temperado com molho de peixe e açúcar de palmeira. Vai lá: Rua Dr. Melo Alves, 767, Cerqueira César. @pingyangsp | |
| | Os melhores restaurantes de São Paulo |
| O Prêmio Nossa de Bares e Restaurantes está elegendo os melhores lugares para comer, beber e curtir na cidade. A votação para Melhor Bar e Melhor Restaurante está aberta! Conheça os finalistas e vote clicando aqui. E toda semana você já conhece campeões do voto do júri e do voto popular em diferentes categorias. Clique abaixo em 'leia mais' e veja quem ganhou em Pizzaria, Árabe e Bar de Cerveja. |
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| | Arte UOL | As pizzarias vencedoras | | |
| | Arte UOL | Campeões da cerveja | | |
| | Arte UOL | Os melhores árabes | | |
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| Bares: Dois pulos e quatro drinques na Rego Freitas |
| Por Sergio Crusco Está bacana beber no centro da cidade e fazer o que os europeus chamam de bar hopping — pular de bar em bar. Hoje sugiro dois desses pulinhos na rua Rego Freitas, onde estão o Regô e o Edith Bar. Eles têm pegada parecida: coquetelaria old school, que privilegia tragos mais fortes, baseados na mistura de ingredientes alcoólicos. Em ambos, porém, há opções para quem gosta de drinques leves, com sumos de frutas. Para quem quer pular mais, tem novidade. O Mundibar em breve sai de Perdizes e finca bandeira na Rego Freitas. |
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| Publicidade | | | | Divulgação | Edith Bar | A casa francesinha do mixologista Rafael Mariachi e da chef Dani Borges (do Bia Hoi) tem drinques ousados como Cherie, com conhaque, cachaça, vermute, licores de cacau e cereja. Elixir de Montecristo é para quem quer refrescância, com rum, amaro, limão e ginger ale. Vai lá: R. Rego Freitas, 516, República. @edithbarsp | |
| | Divulgação | Regô | O bar de Luiz Felipe Mascella está de carta nova, investindo na potência. Entre os fortes, a dica é Labuta, com rum, vermute tinto, amaro, licor de café, coco e louro. Guimarães Rosa #2, tranquilinho, é mescla de cachaça, cítricos, cumaru, abacaxi e Angostura. Vai lá: R. Rego Freitas, 441, República. @ao.rego | |
| | | PF coreano: atração do Bom Retiro | Divulgação |
| Belisquetes: Uma viagem ao Bom Retiro |
| | Gabrielli Menezes |
| Não é só por meio do K-pop e de doramas que a cultura coreana tem conquistado o espaço. Cada vez mais, a fome dos paulistanos encontra a receptividade dos descendentes de imigrantes. Os sabores antes restritos à comunidade agora são apresentados em português e até se adaptam aos paladares locais. É especialmente no Bom Retiro que isso acontece. Lá, mercadinhos e restaurantes tradicionais chamam a atenção do público ocidental ao vivo e também online — a categoria é uma febre no TikTok. Conheça dois. |
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| | Reprodução | Uri Omma Kimchi | Após se refugiar da guerra e falir um primeiro comércio, a família Suh se reergueu ao produzir kimchi no quintal de casa, em 1990. A receita de vegetais fermentados e picantes seguia à risca a dos ancestrais. Nos últimos anos, porém, filhos e netos suavizaram a pedida: menos pimenta gochujang e mais dulçor do pimentão. Leve o pote do delicioso kimchi (R$32, 600g) para casa após almoçar o PF coreano (R$55), que reúne os pratos mais típicos do país numa refeição só. Vai lá: Rua Três Rios, 244, Bom Retiro. @uriommakimchi | |
| | Gabrielli Menezes/UOL | Otugui | Antes da pandemia, a mercearia aberta em 1989 triplicou de tamanho. Visitar o imóvel maior, onde 90% do que há nas prateleiras é fabricado na Coreia, é como ir a um passeio. Dá para se perder fácil, fácil, entre as gôndolas, "descobrindo" temperos, guloseimas e sabores de salgadinhos, refrigerantes e miojos. Também é um bom lugar para comprar ingredientes para preparar em casa receitinhas orientais. Vai lá: Rua Três Rios, 251, Bom Retiro. @otugui_sm | |
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