Os investidores estrangeiros já retiraram 24 bilhões de reais da bolsa brasileira do começo do ano até agora. O movimento vai na contramão do final do ano passado, quando a bolsa registrou ingresso de 17 bilhões de reais em dezembro e saldo positivo de 45 bilhões de reais no acumulado de 2023. A chave para entender o movimento está nos Estados Unidos. Por lá, a data para o início dos cortes de juros ainda é incerta. Para a reunião do FOMC (o comitê americano de política monetária) desta semana, 99% dos agentes de mercado preveem que os juros serão mantidos. Os juros por lá estão em seu patamar mais elevado em 23 anos, o que aumenta a atratividade dos títulos públicos do país, os Treasuries. Com apostas renovadas sobre o início dos cortes, a procura pelos papéis voltou a crescer. Nesta segunda-feira, os títulos com prazo de 10 anos são negociados com taxa de 4,3% – no início do ano, o patamar era de 3,8%. Treasuries com rentabilidade alta reduzem a atratividade de investimentos em renda variável, em especial em países emergentes, mais arriscados. |
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