Bom dia!
Ao lado da Magazine Luiza, a Casas Bahia foi um dos símbolos do grande bull market vivido pela bolsa brasileira vivido de 2017 em diante. As empresas de varejo viraram meme em redes sociais e atraiam grande debate sobre qual seria o valor justo dos papéis.
Nessa época, você lembra, a empresa ainda se chamava Via Varejo, depois ficou apenas o Via e agora Grupo Casas Bahia. Trata-se de um esforço de reestruturação de marca, que ainda está longe de aparecer nos números.
Na noite de ontem, a empresa anunciou um prejuízo de R$ 1 bilhão apenas no quarto trimestre de 2023. É mais do que o valor de mercado da companhia, em R$ 600 milhões, e também mais do que outros R$ 600 milhões captados na bolsa em setembro do ano passado para tentar reforçar o caixa da companhia. As ações já caem mais de 40% no acumulado deste ano – e têm tudo para despencar mais um tanto no pregão de hoje.
A crise do setor de varejo da bolsa, uma combinação de má gestão com juros altos, é uma das razões para o Ibovespa ter empacado, isso enquanto bolsas mundo afora estão próximas dos seus recordes. Não só isso: o volume de negócios também reduziu substancialmente. Ontem, a B3 movimentou R$ 16 bilhões, metade dos volumes do período em que os investidores PF se divertiam com meme stocks.
Para hoje, a esperança é a retomada do sinal positivo em Nova York, que puxa junto o índice EWZ, a baliza para a bolsa brasileira em Wall Street.
Ainda assim, a Faria Lima estará mais atenta a dados locais. Agora às 8h o BC divulga a ata do Copom, que será crucial para reajustar as expectativas do mercado para a Selic, após uma dificuldade de interpretação do comunicado da reunião. Às 8h25 sai o Focus, atrasado, e às 9h, o IPCA-15.
Com isso em mãos, investidores vão decidir se têm condições de voltar a acompanhar Nova York em sua trajetória de alta. Bons negócios.
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