* O governo brasileiro declara estar preocupado com a eleição presidencial venezuelana. Diante das notícias do bloqueio à candidatura da opositora Corina Yoris, o Itamaraty afirmou em comunicado que "o governo acompanha com expectativa e preocupação o desenrolar do processo eleitoral naquele país". Outros sete países da América Latina já tinham expressado preocupação, mas o Brasil decidiu esperar acabar o prazo para o registro da candidatura, que foi na segunda-feira. O governo brasileiro, no entanto, reiterou seu repúdio a quaisquer tipos de sanção à Venezuela. ** O governo de Nicolás Maduro reagiu e disse que a declaração do Brasil "parece ter sido ditada" pelos Estados Unidos, e que é "cinzenta" e "intervencionista". O governo venezuelano falou ainda que os comentários estão carregados de "ignorância", mas exaltou o fato de Lula, "de maneira direta e sem ambiguidades" ter condenado as sanções impostas pelos EUA. As eleições na Venezuela estão marcadas para o dia 28 de julho. * O relatório final da PF sobre o assassinato de Marielle Franco diz que a investigação da Polícia Civil do RJ sabotou o caso. A atuação da polícia do Rio é o ponto central da tese dos investigadores federais, que afirmam que o então chefe, Rivaldo Barbosa, foi um dos arquitetos do crime ao garantir, antes mesmo que ele ocorresse, que a investigação não teria êxito. O documento da Polícia Federal aponta falhas como falta de imagens de câmeras, criação de enredos falsos e sumiço de materiais. O relatório, no entanto, não aponta quem seriam os mandantes do crime, o que passou a ser investigado em um novo inquérito, que está em aberto até hoje. A delação do ex-PM Ronnie Lessa aponta que os mandantes são os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, mas eles negam envolvimento no caso. Leia mais detalhes na Folha. ** * Deputados pedem mais tempo e adiam a análise da prisão de Chiquinho Brazão. A CCJ se reuniu ontem para chancelar a manutenção ou revogar a prisão determinada pelo STF e efetuada pela PF no último domingo, mas dois deputados pediram vista ao processo de prisão porque disseram que não tiveram tempo para analisar o relatório. Brazão foi preso junto com seu irmão Domingos e o ex-delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, os três acusados de serem mandantes do assassinato de Marielle Franco. A CCJ está analisando a prisão porque Brazão é deputado e, pela constituição brasileira, parlamentares são invioláveis nas esferas civil e penal, mas podem ser presos em flagrante por crime inafiançável. Depois do parecer na CCJ, o pedido de prisão ainda tem que ser analisado pelo plenário da Câmara, o que deverá ocorrer apenas na segunda semana de abril. Entenda o processo. * Bolsonaro deve dizer ao STF que não tinha razões para suspeitar de que poderia ser preso quando passou dois dias na embaixada da Hungria. Seus advogados irão apresentar hoje as explicações exigidas por Alexandre de Moraes sobre a permanência dele na embaixada durante o carnaval. Segundo a colunista da Folha Mônica Bergamo, a defesa irá argumentar que o ex-presidente não teria razões para "suspeitar minimamente" de que poderia ser alvo de um mandato de prisão e que ele foi à embaixada fazer 'contatos'. * A seleção brasileira empata em 3 a 3 com a Espanha em Madri. O jogo no Santiago Bernabéu foi tenso, o Brasil saiu perdendo de 2 a 0 e o juiz apitou três pênaltis. Dois para os espanhóis, bastante reclamados pelos brasileiros, e um marcado nos acréscimos e batido por Paquetá, que foi o que deu o empate ao Brasil. Rodrigo e Endrick marcaram os outros dois gols. Com o resultado, o técnico Dorival Júnior passou invicto pelos dois primeiros jogos no comando da seleção. O próximo jogo será em 8 de junho, contra o México. * Lula e Macron anunciaram investimentos de R$ 5,3 bilhões em projetos para a Amazônia. No primeiro dia da visita do presidente francês ao Brasil, os dois lançaram um programa de investimento que pretende levantar 1 bilhão de euros em recursos públicos e privados nos próximos quatro anos. A verba será destinada para a floresta amazônica em território brasileiro e também para a porção que está na Guiana Francesa, que é território da França. O programa prevê parceria técnica e financeira entre bancos públicos brasileiros e a Agência Francesa de Desenvolvimento, além de colaboração na área científica. Leia mais detalhes. * A imagem que o brasileiro tem do STF melhorou com as investigações da trama golpista. Pesquisa Datafolha mostrou que a reprovação do trabalho dos ministros do Supremo Tribunal Federal caiu 10 pontos de dezembro para cá e está em 28%. A aprovação seguiu estável, oscilando de 27% para 29%. Desde dezembro, a corte tem estado no centro dos noticiários como protagonista das investigações dos atos golpistas de 8 de janeiro. Não por acaso, 65% dos apoiadores do PL de Bolsonaro reprovam as ações do STF, assim como 63% dos que veem Lula como ruim ou péssimo. Do outro lado, dos que se dizem simpatizantes do PT, 49% consideram o trabalho da corte ótimo e bom. Entre os que consideram o governo Lula ótimo ou bom, o índice chega a 55% de aprovação ao STF. Veja todos os números. * Economistas reduziram as projeções da inflação para 2024 e elevaram as previsões para o crescimento do PIB. O boletim semanal Focus, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou expectativa de que o IPCA suba 3,75% neste ano, contra projeção anterior de inflação de 3,79%. Em relação à atividade econômica, a projeção dos economistas passou a ser de crescimento de 1,85% do PIB neste ano, contra avanço de 1,80% previsto antes. Essas previsões vêm depois que o Banco Central sinalizou uma mudança no ritmo da queda da taxa Selic. Veja todas as previsões. |
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