Robinho, o ex-"rei das pedaladas" (apelido ganho quando o craque surgiu no futebol do Santos, em 2002, pelos dribles que caracterizavam seu jogo), levou uma goleada no STJ. O placar foi de 9 a 2 no tribunal. A decisão foi pela prisão imediata do ex-jogador em solo brasileiro, pelo crime de estupro coletivo ao qual foi condenado pela Justiça da Itália em 2013 (uma pena de 9 anos de detenção). Foi uma vitória das mulheres, mais importante ainda por ser num campo dominado por homens. A colunista Alicia Klein assistiu a esta vitória de perto e presenciou o ambiente essencialmente composto por figuras masculinas no julgamento do STJ. "Quem fala são os homens. Quem decide são homens. Quem tem razão são os homens. A nós cabe apenas torcer para que estejam do nosso lado. Hoje, a maioria deles estava. Hoje, um estuprador ficou mais próximo de pagar por seu crime. Não com dinheiro, mas com tempo de vida na cadeia." "É muito frustrante ter um condenado por estupro, ou seja, um estuprador, solto por aí vivendo como ele quer viver", disse Cristina Fibe no UOL News. Ela também chamou a atenção para a falta de representatividade feminina num julgamento como este. "As decisões são totalmente dominadas por homens e a gente fica muito fragilizada por isso, porque não tem como um homem alcançar o tamanho da violação que é um estupro." Walter Casagrande Jr. considerou o dia marcante e histórico para a Justiça brasileira. "Mas é apenas o primeiro passo para combater a violência contra a mulher." Casagrande defende modificações para que a lei contra o estupro se torne mais rígida. |
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