Em uma confusa votação-relâmpago, a Câmara aprovou nesta quarta-feira (12) a urgência do projeto de lei que torna a punição para algumas situações de aborto similar à pena de homicídios. O projeto, que vem sendo chamado de PL do Estuprador, ainda não tem data para ser apreciado no plenário, mas a votação atropelada já foi suficiente para incendiar ainda mais o debate. Para Josias de Souza a Câmara oscilou entre a covardia e a patifaria ao aprovar a urgência, privando o país de uma oportunidade de debater o importante tema e colocando no horizonte o risco de "premiar" estupradores. Reinaldo Azevedo afirma que, ao relativizar a gravidade do crime de estupro, o projeto "impõe à mulher uma pena adicional". A colunista Cristina Fibe questiona a afirmação corrente de que os deputados que aprovaram o projeto "defendem a vida". Ela argumenta que, ao criminalizar vítimas de estupro e mulheres que correm o risco de morrer ao parir, o PL na verdade põe vidas femininas em risco. Alvo de críticas, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), prometeu que irá tratar o tema com "sensibilidade" e disse a Rachel Landim que vai indicar uma "mulher moderada" para a relatoria. O nome, segundo ele, está sendo debatido pela bancada feminina. Já Milly Lacombe alerta para o risco que a esquerda sempre corre ao "embarcar" no léxico do inimigo, que, segundo ela, tenta transformar a complexa questão em um simplista "contra ou a favor". Segundo ela, esse jogo foi o que levou ao atual triste estágio do debate político nacional. Finalmente, Leonardo Sakamoto lamenta que a Câmara, combinando retrocesso e oportunismo, avance nesta e em outras pautas que chama de "deletérias para a dignidade humana", impondo assim sucessivas derrotas ao governo Lula no dito campo dos costumes. E, Sakamoto prevê, o pior "ainda está por vir". Josias de Souza: Câmara premia estuprador e favorece o crime organizado Reinaldo Azevedo: Sóstenes, pai do PL do Estuprador, quer punir vítima 2 vezes Cristina Fibe: Sob pretexto de defender vida, PL pode causar morte de meninas e mulheres Milly Lacombe: Em relação aos direitos das mulheres, governo Lula dá as mãos a extremistas Raquel Landim: Lira diz que vai indicar 'mulher moderada' para relatar o PL do aborto Leonardo Sakamoto: Câmara avança em gravidez de criança, pau em usuário e defesa de bandido Natalia Timerman: O custo da maternidade e o aborto Tales Faria: Em maio e junho, Arthur Lira já promoveu 13 ações bolsonaristas da Câmara PUBLICIDADE |  |
| 
Nenhum comentário:
Postar um comentário