* Presidente diz estar preocupado com a Previdência e com isenções. Lula disse, no entanto, que é preciso "consertar" dos dois lados, tanto crescimento de despesas, quanto da desoneração. Em entrevista à rádio CBN, ele disse que "temos quase R$ 1 trilhão com a Previdência Social", mas que "não é possível" ter, do outro lado, "quase R$ 600 bilhões de isenção e R$ 400 bilhões de desoneração". Questionado se poderia haver mudança nos pisos de saúde e educação e na Previdência dos militares, ele respondeu que "nada está descartado", e afirmou ser "um político muito pragmático", que pode mudar coisas que "mostrarem provas de que estão erradas". Essas medidas vinham sendo estudadas pela equipe econômica, mas receberam críticas mesmo dentro do governo e da base política no Congresso. As divergências do governo na condução da política fiscal tem provocado oscilações no mercado nas últimas semanas. Em outro dia de turbulências, o dólar teve mais uma alta, e fechou o dia em R$ 5,43. ** * Lula diz que presidente do BC atua para prejudicar o país. Um dia antes de o Banco Central anunciar a decisão sobre a taxa de juros, o presidente disse que Roberto Campos Neto "tem lado político" e "não demonstra nenhuma capacidade de autonomia". Lula disse ainda que a única coisa que está desajustada no Brasil é o comportamento do Banco Central, criticou a relação do presidente da instituição com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e comparou o seu comportamento ao de Sergio Moro. O Comitê de Política Econômica do Banco Central divulga hoje a decisão sobre a taxa Selic, e a expectativa é de que o BC interrompa a sequência de redução e mantenha a taxa em 10,50% ao ano. * Após repercussão negativa, Lira adia PL do aborto para 2º semestre. Depois de aceitar votar a urgência da proposta na semana passada, como parte de um acordo com a bancada evangélica, o presidente da Câmara disse agora que o assunto precisa ser mais bem discutido antes de ir a plenário e que só será tratado depois do recesso parlamentar. Lira disse que será formada uma comissão representativa em agosto e que "nada nesse projeto irá retroagir nos direitos garantidos e nada irá avançar que traga qualquer dano às mulheres". Saiba mais. * STF torna réus irmãos Brazão e delegado pelo assassinato de Marielle. A Primeira Turma da Corte decidiu por unanimidade aceitar a denúncia da PGR e tornar réus cinco suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes, em 2018. Além dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, e do delegado Rivaldo Barbosa, também foram acusados o ex-PM Ronald Paulo de Alves e Robson Calixto, ex-assessor de Domingos Brazão. Todos vão responder agora a uma ação penal no STF, que passará por várias fases para coleta de provas e mais depoimentos antes do julgamento final. Veja por qual crime cada um é acusado. * Após reunião com partidos, Lira desengaveta PEC da Anistia. A Proposta de Emenda Constitucional concede o maior perdão da história a irregularidades cometidas pelas legendas, isentando-as de qualquer desvio cometido na aplicação das verbas eleitorais em 2022 e perdoando o não cumprimento das cotas eleitorais para negros e mulheres. O presidente da Câmara decidiu incluir a proposta na pauta de votações de ontem depois de receber líderes partidários em sua casa, em Brasília. A PEC já foi aprovada na CCJ e estava em uma comissão especial, onde ainda não foi votada por conta divergências em alguns pontos. O novo texto muda o percentual da cota racial e cria um programa de refinanciamento de dívidas dos partidos, entre outras medidas. Leia mais. * Aprovação de Lula chega a 36% e se descola da reprovação. Segundo pesquisa Datafolha, a aprovação do governo se manteve estável em comparação com o último levantamento, oscilando de 35% para 36%, e a reprovação foi de 33% para 31%. A curva negativa que vinha se desenhando desde o fim do ano foi invertida nesta pesquisa com a ligeira melhora no índice de reprovação do governo. Comparado com seu próprio desempenho nos outros mandatos, Lula tem uma aprovação parecida à que tinha nessa altura do governo em 2004, de 35%. Já a reprovação era bem menor, de 17%, e 45% o viam regular. Veja todos os números da pesquisa. * Meninas com até 14 anos são proporcionalmente as maiores vítimas de violência sexual. Dados do Atlas da Violência 2024 mostram que, em 2022, 30,4% da violência sofrida por crianças do sexo feminino na faixa de 0 a 9 anos teve caráter sexual. Na faixa de 10 a 14 anos, foi de 49,6%, e entre 15 e 19 anos foi de 21,7%. Depois disso, o índice vai caindo nas faixas seguintes. O estudo mostra que houve um grande aumento no número de registros de violência sexual em 2021 e 2022, em relação a 2020. A faixa etária dos 5 aos 14 anos foi a que apresentou a maior elevação, passando de 11.587 registros em 2020 para 20.039 em 2022, um crescimento de 73%. Veja os dados do Atlas. PUBLICIDADE | | |
Nenhum comentário:
Postar um comentário