Bom dia!
É como se o mundo fizesse uma pausa para o Brasil se concentrar nos problemas domésticos. O noticiário no exterior é fraco nesta semana e os negócios param nos EUA na quarta-feira, dia em que o Copom decide a nova taxa de juros do país.
E essa reunião é importante como nunca. Após um desarranjo as expectativas para a economia brasileira, que passa por receio de colapso da meta fiscal e desancoragem das expectativas de inflação, agora a Faria Lima espera que o Banco Central encerre o ciclo de queda de corte de juros no atual patamar de 10,50% ao ano. Há ainda apostas de que uma redução mais modesta, de 0,25 p.p., possa ocorrer.
Mais do que a decisão em si, haverá um peso dobrado para a harmonia ou dissonância no colegiado. Na última reunião, os indicados pelo governo Lula votaram por uma decisão distinta dos que haviam chegado no BC antes, sob a gestão Bolsonaro.
Faltando pouco mais de meio ano para o fim do mandato de Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central, investidores querem saber o quanto seu provável sucessor, Gabriel Galípolo, deve manter postura semelhante no cargo. Depois do voto divergente, os dois membros do Copom deram declarações falando sobre a importância da mensagem única e da reancoragem das expectativas para a inflação, um esforço para realinhar os "chacras" da Faria Lima.
Nesta segunda, o Boletim Focus mostra o avanço das expectativas para a economia brasileira, em um dia relativamente fraco de indicadores. Pesa, então, as movimentações em Brasília para que governo e congresso falem a mesma língua quando o assunto é contas públicas. Nesta manhã, o EWZ começa com viés de alta, mas perto da estabilidade, a 0,07%. A variação modesta dificulta a previsão sobre o futuro do Ibovespa nesta segunda.
No exterior, as bolsa também operam sem direção única tanto nos EUA quanto na Europa. Na Ásia, as ações chinesas recuaram após nova queda nas vendas de moradias na China e dados de varejo e produção industrial abaixo das expectativas do mercado. O minério de ferro recuou, o que dificulta o avanço da Vale. O petróleo também recua. Bons negócios.
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