Bom dia!
A última semana do primeiro semestre de 2024 será abarrotada de indicadores aqui no Brasil, uma oportunidade perfeita para investidores recalibrarem suas apostas para o futuro da economia do país.
Tudo começa com a ata da reunião do Copom, amanhã. Depois tem IPCA-15, dados do emprego formal, medido pelo Caged, e do mercado de trabalho em geral, pela Pnad Contínua. Serão divulgados ainda o relatório trimestral de inflação e números das contas públicas. Os dados são relativos a maio. No exterior, o dado mais importante é o PCE, a inflação usada pelo Fed, que será divulgada na sexta-feira.
Enquanto a bateria de dados não chega, investidores se entretém com o boletim Focus, uma espécie de bússola para chegar o que os colegas economistas da Faria Lima pensam sobre o futuro da taxa Selic, da inflação e do PIB. Esse será o primeiro relatório depois da decisão do BC de interromper a queda da taxa de juros, mantendo a Selic em 10,50% ao ano.
Via de regra, o primeiro semestre do ano vinha surpreendendo positivamente o mercado, com dados sólidos de emprego, inflação controlada e arrecadação acima do previsto. Mas, mais recentemente, mudanças na meta fiscal e a reviravolta sobre a taxa de juros nos Estados Unidos deixaram investidores mais céticos sobre o que deve ocorrer daqui para frente no país. Aí o Ibovespa foi massacrado. O índice acumula queda de 9,6% no ano.
O tombo é ainda mais feio quando comparado com o mercado americano. O índice S&P 500, o mais importante, sobe 14,6% no mesmo período, negociado muito perto de suas máximas históricas. Isso apesar dos juros nas máximas históricas.
Mesmo no mês de junho, o Ibov cai 0,72%. Para fechar o mês em alta, precisa subir a 122 mil pontos, o que dependerá também do exterior.
Não está claro que a bolsa brasileira terá a ajuda de Wall Street para esse prêmio consolação. O EWZ, o ETF que representa o Ibovespa nos EUA, avança 0,15% no pré-mercado. O sinal também é positivo nas bolsas europeias. Por outro lado, os futuros americanos, que interferem mais no humor global, operam sem direção única, com queda no Nasdaq.
Há ainda o efeito das commodities: o petróleo avança, mas o minério recuou em Dalian, colocando Vale e Petrobras, as gigantes da B3, em uma espécie de cabo de guerra. Bons negócios.
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