Bom dia!
A bolsa brasileira se prepara para mais um dia de queda, isso após o tombo de mais de 1% que levou o Ibovespa para abaixo da marca simbólica de 120 mil pontos. Enquanto os futuros das bolsas americanas em Nova York avançam após a decisão do Fed, o EWZ, que representa o Ibovespa em Wall Street, cede tímidos 0,04%.
As ações refletem a piora no cenário político do país, baseada numa percepção de que o governo não conseguirá compensar a manutenção da desoneração da folha de pagamento com outras medidas. Ontem, o Senado derrubou a proposta que limitava o uso de crédito tributário via PIS/Cofins. Agora, o Senado deve apresentar um novo projeto para o imbróglio.
Ainda pior do que a bolsa, o dólar escalou para R$ 5,40 e pode começar a ter consequências diretas sobre a inflação, com o encarecimento de produtos importados. Vira uma bola de neve.
Isso num momento em que o mundo se apazigua com a condução da política monetária nos Estados Unidos. Ontem, o Fed confirmou a manutenção dos juros em até 5,50% ao ano, como era amplamente esperado, ainda que o presidente do BC, Jerome Powell, tenha comemorado dados mais suaves de inflação.
Mais importante foi a divulgação das projeções dos dirigentes do Fed. E eles mostraram que, nas condições atuais, devem votar por apenas um corte de taxa de juros neste ano, ainda que um segundo corte continue na mesa. S&P 500 e Nasdaq em alta e continuam a avançar agora pela manhã.
Na Europa, que já havia fechado quando o Fed divulgou sua decisão, a quinta-feira é de sinal negativo.
Nos EUA, há ainda o fator Tesla. As ações da montadora de Elon Musk avançam mais de 5% no pré-mercado (chegaram a subir 7%) com a expectativa de aprovação do pacote bilionário de remuneração de Musk, que havia sido vetado pela Justiça. A solução do problema anima investidores. Bons negócios.
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