Bom dia!
Depois que o mercado financeiro já havia fechado na Ásia, a China anunciou o que analistas esperam ouvir há meses. Que o país de Xi Jinping será mais ativo em suas políticas fiscais, elevando os gastos públicos, enquanto afrouxará a política monetária, aumentando o nível de crédito na economia.
Há meses os mercados financeiros globais esperam um pacote mais robusto de medidas de estímulo à economia chinesa, que vê sua demanda interna definhar. Uma medida significativa para isso é a taxa de inflação, que, em novembro, subiu 0,2% na comparação anual, a menor em cinco meses. Não só isso, o país está muito perto da deflação, momento em que os preços caem. Quando se pode pagar menos por algo no futuro, a tendência é que se adie gastos, desacelerando ainda mais a atividade econômica.
A notícia é positiva para os mercados financeiros globais, já que a China tem uma economia gigantesca que importa de petróleo a soja, passando por minério e carnes.
Na Europa, à exceção da Alemanha, as principais bolsas amanhecem em alta. Já nos Estados Unidos, os futuros dos índices S&P 500, Dow Jones e Nasdaq amanhecem em baixa.
Isso porque o mundo ainda está processando o ataque a Damasco, na Síria, que fez Bashar Al-Assad fugir para Moscou, deixando o poder. Assad faz parte de uma dinastia que controla a Síria desde os anos 1970.
Até então, as revoltas na Síria contra o ditador vinham sendo controladas com recursos russos. Com problemas maiores em seu país, Vladimir Putin retirou o apoio que dava ao regime. O risco agora é quem tomará o poder no país e o que isso representará para o Oriente Médio. O petróleo avança mais de 1% nesta manhã.
O pacote de estímulos chineses e a alta do petróleo tendem a ser positivos para o Brasil. E o EWZ, o fundo que representa a bolsa brasileira em Nova York, responde de acordo. A alta é de mais de 1% nesta manhã. Resta saber se investidores conseguirão manter fora do radar o noticiário doméstico e a tramitação do pacote de corte de gastos no Congresso. Bons negócios.
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