Bom dia!
A inflação na Zona do Euro cedeu mais do que esperado por economistas e fechou março em 2,4%, abaixo dos 2,6% de fevereiro. Excluídos os preços de alimentos e energia, o CPI da região está em 2,9%, também abaixo das projeções e no menor patamar desde 2021. O Banco Central Europeu persegue a meta de inflação de 2%.
A desaceleração nos preços abre espaço para que o BCE comece a cortar os juros. O cenário-base de investidores era de que as primeiras reduções começariam a ocorrer em junho, em consonância com as decisões do Fed, nos Estados Unidos.
Agora, especialistas começam a dizer que o assunto deveria estar na pauta da reunião da próxima semana. A perspectiva de espaço para corte nas taxas ajuda a impulsionar as bolsas da região nesta manhã. Para além do mercado financeiro, a notícia é um alento para a economia real, que beira a estagnação em alguns países, como a gigante Alemanha.
O anúncio europeu chega em um momento em que os americanos levantam incertezas sobre o número de cortes na taxa de juros dos EUA. No país, além de a inflação ceder menos, os dados do mercado de trabalho permanecem robustos, uma equação que sugere menos espaço para afrouxamento na política monetária.
Baseados nessa incerteza, investidores hoje dividirão suas atenções em dois pontos: os dados do relatório ADP, que retrata as condições de trabalho no setor privado, e discursos do Fed, em especial a fala de Jerome Powell, o presidente do BC americano. Enquanto isso, os futuros das bolsas americanas recuam nesta manhã.
No Brasil, a agenda também é fraca. O destaque para palestra do presidente do BC, Roberto Campos Neto, em evento do Bradesco BBI. Não havia referência para o EWZ nesta manhã, enquanto os recibos de ações da Petrobras têm leve alta em Nova York, acompanhando o petróleo. Bons negócios.
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