1. Justiça dos EUA sinaliza que vai reconhecer em parte imunidade de Trump. Na prática, isso diminui as possibilidades de que ele seja julgado antes das presidenciais de novembro na ação penal em que é acusado de tentar reverter o resultado das eleições de 2020, e que resultou na invasão do Capitólio. A Suprema Corte ouviu ontem os argumentos da tese do republicano de que não poderia ser acusado por crimes enquanto estava no cargo e ficou dividida sobre a questão. Embora a maioria dos juízes não tenha aceitado a ideia de uma imunidade presidencial absoluta, eles indicaram que a ausência de uma imunidade pelo menos parcial representaria riscos para os futuros presidentes, que poderiam sofrer acusações sistemáticas por motivos políticos. A decisão da corte deve ocorrer entre o final de junho e início de julho. Se Trump for eleito, poderá extinguir de vez os processos federais contra ele. 2. Venezuela declara inelegíveis outros cinco políticos da oposição. A Controladoria do país, alinhada ao regime de Nicolás Maduro, decidiu que dois prefeitos em exercício e três ex-deputados não podem disputar eleições. As sanções valem por 12 a 15 anos. A decisão amplia uma lista já extensa de membros da oposição que perderam seus direitos políticos antes das presidenciais de 28 de julho, nas quais Maduro buscará um terceiro mandato. Os cinco políticos eram potenciais candidatos a cargos regionais, que serão disputados em 2025 no país. Nos últimos anos, a inelegibilidade tem sido aplicada regularmente e atinge líderes com popularidade, como a ex-deputada María Corina Machado. Ela venceu as primárias da oposição para enfrentar Maduro em julho, mas foi impedida de participar da votação por decisão da Suprema Corte venezuelana. 3. Corte anula condenação do produtor Harvey Weinstein por crime sexual. Em um revés para o movimento #MeToo, o Tribunal de Apelações de Nova York anulou a pena de 23 anos de prisão imposta em 2020 ao cofundador da Miramax por estupro e ordenou um novo julgamento. A decisão provocou revolta dos movimentos feministas. A corte citou erros no processo, como a inclusão de testemunhas que se declararam vítimas do produtor, mas não faziam parte da acusação contra ele, e concluiu que não houve um julgamento justo. Weinstein também foi condenado a 16 anos de prisão por agressão sexual pela Corte da Califórnia. Ele seguirá em prisão preventiva por causa dessa outra sentença. O caso Weinstein foi o gatilho do movimento #MeToo, com repercussão mundial de denúncias de violências sexuais contra as mulheres. | Polícia desmonta acampamento pró-Palestina em Berlim, na Alemanha | Imagem: Annegret Hilse / Reuters |
4. Veneza inicia cobrança de taxa para conter turismo de massa. A taxa diária de cinco euros (cerca de R$ 28) é um experimento e será cobrada dos visitantes durante 29 dias de grande fluxo turístico, como os finais de semana, até julho. Nos períodos de maior movimento, Veneza recebe 100 mil pessoas que passam a noite no local, além de dezenas de milhares de turistas diários, o que contrasta com os cerca de 50 mil residentes. Quem passar pelo menos uma noite na cidade não precisará pagar o acesso e receberá um ingresso, em forma de QR code, gratuito. Há tempos Veneza tenta lutar contra o turismo de massa. Muitos chegam em excursões e ficam por algumas horas. Após uma série de incidentes, autoridades proibiram em 2021 que navios de cruzeiro atracassem diretamente na cidade. 5. Testes de vacina contra o câncer de pele indicam resultados promissores. Pesquisadores da Universidade London Hospitals começaram a testar em centenas de pacientes uma vacina de RNA mensageiro, como algumas das desenvolvidas contra a covid-19, para tratar melanomas, segundo o jornal The Guardian. As pesquisas estão na última fase de desenvolvimento, quando são testadas em maior escala em humanos. Os testes da fase anterior revelaram que o imunizante reduz consideravelmente o risco de recidiva do câncer de pele. Especialistas afirmam que essa vacina tem o potencial "revolucionário" de cura definitiva. Os testes finais devem se estender ainda por alguns anos. O câncer de pele é geralmente tratado com cirurgia. Apesar de representar apenas cerca de 3% dos tipos de câncer, ele provoca mortes. Deu no The Telegraph: "Israel pode ser o Vietnã de Biden". No momento em que protestos contra o conflito em Gaza ganham força nas universidades americanas, o jornal conservador britânico faz paralelos entre os EUA do presidente Joe Biden e o da época do democrata Lyndon Johnson, que teve seu mandato fortemente abalado pela guerra no Vietnã. Um ponto comum, diz o jornal, é que a Universidade de Columbia, que inspirou a onda de protestos estudantis nos EUA contra a ofensiva em Gaza, foi, em 1968, o epicentro da contestação contra a guerra do Vietnã. Outra analogia é que Johnson estimava que a sobrevivência do Vietnã do Sul, apesar de ter um governo corrupto, era fundamental para a segurança dos EUA. Biden, escreve o The Telegraph, é reticente em cortar laços com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu. Além disso, Gaza, como na época do Vietnã, também divide a coalizão democrata. Leia mais. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário