1. Hamas responde nesta segunda sobre proposta de cessar-fogo em Gaza. Uma nova rodada de negociações começa nesta segunda no Cairo. A pressão sobre Israel para encerrar os combates se intensifica. Em uma conversa telefônica no domingo com o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, o presidente americano, Joe Biden, reiterou sua posição contra a invasão de Rafah sem um plano humanitário plausível para a retirada de milhares de civis e também insistiu sobre uma trégua na região. Responsáveis israelenses declararam que estão dispostos a adiar a invasão de Rafah se os cerca de 100 reféns detidos pelo Hamas forem liberados. Benny Gantz, membro do gabinete de guerra israelense, afirmou que a libertação dos reféns é "urgente e bem mais importante" do que a ofensiva em Rafah. Israel continua, no entanto, bombardeando essa área na fronteira com o Egito e também adquiriu 40 mil barracas para abrigar os refugiados palestinos. 2. Primeiro-ministro espanhol anuncia que vai ficar no cargo. Pedro Sanchez havia ameaçado se demitir após um tribunal de Madri abrir uma investigação contra sua mulher por suspeitas de corrupção e tráfico de influência. O socialista, no poder desde 2018, acusou a oposição de direita de orquestrar uma campanha de desestabilização de seu governo e "assediar" sua família. Na semana passada, Sanchez informou que precisava de alguns dias para refletir sobre a renúncia e suspendeu todas as suas atividades públicas, inclusive o lançamento da campanha para as eleições regionais da Catalunha em maio. Milhares de pessoas foram às ruas de Madri para pedir que o premiê continuasse no poder.
3. Ucrânia adverte para avanços da Rússia no fronte de batalha. O comandante-chefe do exército ucraniano informou no domingo que a situação se deteriorou e que as tropas russas obtiveram "vitórias táticas" em várias áreas. Segundo ele, a Rússia concentrou esforços em vários setores, conquistando "vantagens significativas." Nos últimos dias, as forças ucranianas tiveram de se retirar de várias localidades. O instituto americano ISW, especializado em estudos sobre guerras, afirma que Moscou vem multiplicando os ataques para avançar o máximo possível antes que a ajuda militar enviada pelos EUA chegue aos campos de batalha. Nesta segunda, o exército russo declarou ter conquistado Semenivka, no leste da Ucrânia.
4. Casa Branca pede protestos pacíficos após centenas de prisões em universidades do país. Apenas neste final de semana, quase 300 pessoas foram detidas em manifestações pró-palestinas em universidades dos EUA. A onda de protestos começou na Universidade de Columbia, em Nova York, em 18 de abril, mas se alastrou rapidamente por todo o país. Mais de 700 pessoas foram presas desde o início do movimento. Os protestos estudantis dividem o partido democrata, escreve o The New York Times, citando deputados que vão a faculdades para apoiar os manifestantes pró-palestina, enquanto outros políticos demonstram solidariedade aos estudantes judeus. O jornal escreve ainda que as cenas de violência nos campus universitários representam um alto risco político para o presidente Joe Biden.
5. Musk obtém aval da China sobre tecnologia de carros elétricos autônomos. O CEO da Tesla, Elon Musk, encerra hoje sua visita surpresa a Pequim com uma vitória crucial, estima o The Wall Street Journal. A líder mundial de carros elétricos obteve garantias da aprovação para utilizar sua tecnologia de direção autônoma na China, graças a uma parceria com a gigante chinesa de tecnologia Baidu para mapas e navegação. Os modelos fabricados pela Tesla na China foram oficialmente incluídos na lista de veículos que cumprem os requisitos de segurança de dados. Em 2021, os reguladores chineses exigiram que a Tesla armazenasse em Xangai todos os dados da frota produzida na China e Musk vinha tentando obter a autorização para transferir os dados aos EUA. Apesar da concorrência internacional intensa com fabricantes chineses, como a BYD, os carros da Tesla estão entre os mais vendidos na China.
Deu no Le Monde: "Como o Waze transformou vilarejos em inferno." O jornal francês conta que por conta das recomendações de itinerários rápidos do aplicativo de GPS da Google, pequenas localidades pelo mundo são invadidas por milhares de motoristas, sem ter infraestrutura adequada para tráfego intenso. É o caso de um vilarejo medieval de apenas 180 habitantes no sudeste da França, onde há congestionamentos enormes e veículos de grande porte ficam bloqueados em suas ruas estreitas. Um outro vilarejo no norte da França se tornou local de passagem para quem quer evitar engarrafamentos em uma estrada próxima, atraindo até 14 mil carros por dia. Mas autoridades e moradores contra-atacam o Waze, escreve o Le Monde. O prefeito de Leonia, em New Jersey, nos EUA, fechou 60 ruas para os não-residentes várias horas diárias para impedir que os motoristas que trabalham em Nova York passem pela cidade. Leia aqui. |
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