Bom dia!
O mês de março começa com a expectativa pelo divulgação do PIB brasileiro em 2023, enquanto Nova York e Europa divergem sobre o rumo das ações.
Às 9h, o IBGE anuncia o resultado fechado do desempenho da economia no final do ano, período em que a Selic de dois dígitos teve um peso particularmente elevado na atividade. A estimativas do Broadcast indicam que o PIB permaneceu estável na passagem do terceiro para o quarto trimestre.
Ainda assim, a economia deve ter crescido 3% no ano passado, de acordo com economistas. Essa, claro, é a previsão hoje. No começo de 2023, o consenso do mercado, medido pelo Relatório Focus, falava em avanço de modestos 0,78%. A economia brasileira surpreendeu pela resiliência. Para 2024, a aposta é de avanço de 1,75% no PIB.
Ainda que atraia atenções, não está claro o quanto o indicador poderá ajudar o Ibovespa a voltar a subir. Analistas têm enfatizado que a alta dos salários – como mostrada na Pnad contínua de ontem – pode ser uma trava na continuidade dos cortes da Selic. O PIB robusto endossaria juros altos e um menor ritmo de cortes na taxa básica. O resultado é que a bolsa brasileira fica sem uma alavanca para subir, já que, neste cenário, investidores permanecem na renda fixa.
Isso enquanto o mundo lá fora se divide. A inflação na Zona do Euro avançou 2,6%, mais do que os 2,5% esperados. Não chegou a mudar o viés de alta das ações europeias porque, no limite, só reforça as apostas de que os juros no bloco começarão a cair a partir de junho. O Banco Central Europeu se reúne na próxima semana.
Foi a mesma impressão deixada ontem pelo PCE (a inflação que o Fed usa para decidir juros nos Estados Unidos). Caiu menos que o esperado, mas não altera o horizonte já traçado para início de cortes de juros.
Ainda assim, o que acontece é que, ontem, os principais índices americanos avançaram. Hoje, os futuros amanhecem em queda sem justificativa aparente. A agenda de indicadores é esvaziada por lá.
E há ainda o peso do minério de ferro, que recuou 1,75% em Dalian, com impacto sob a bolsa brasileira. O EWZ, no entanto, cede bem menos que os futuros dos índices americanos: -0,03%. Bons negócios.
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