Após um dia cansativo, eu estava jogada no sofá rolando infinitamente a timeline do Instagram. Até que um vídeo me fez parar. Uma jovem anunciava um saldão de 70% de desconto em roupas de academia. Cliquei imediatamente no link do conteúdo patrocinado.
Já estava fechando a compra de três conjuntos quando tive um estalo: sim, depois de três meses apurando uma reportagem sobre golpes no Instagram, eu estava prestes a cair em um deles.
Isso mostra como esses golpes são feitos sob medida para confundir até usuários mais atentos. Nesta reportagem, eu descrevo como funciona essa indústria de golpes e qual o papel da Meta nessa engrenagem.
A empresa, dona do Instagram, recebe dinheiro para espalhar os golpes, usando seu algoritmo e as informações pessoais dos usuários - e lava as mãos para os prejuízos das vítimas.
Nos três meses monitorados, a Meta embolsou pelo menos R$ 4,7 milhões no país com golpes impulsionados na categoria de anúncios chamada pela empresa de "temas sociais, eleições ou política".
O PL das Fake News previa uma mudança nesse jogo, responsabilizando as plataformas pelo conteúdo fraudulento que é publicado por terceiros.
Mas depois dos ataques públicos de Elon Musk, o texto foi derrubado e voltou à estaca zero.
Isso significa que a Meta vai continuar facilitando a vida dos criminosos sem ter que dar satisfação à Justiça.
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