Esta é a primeira edição da newsletter De Olho no Mundo, a versão da sua newsletter Pra Começar o Dia com o que há de mais importante no noticiário internacional. Todo dia de manhã, na sua caixa de email. Caso você não queira receber esta newsletter, basta cancelar a entrega clicando aqui ou no link no pé da página. 1. Milhares de israelenses saem às ruas em protesto contra Netanyahu. Após uma grande manifestação em Tel Aviv no sábado, ontem os protestos ocorreram em frente ao parlamento em Jerusalém. Os manifestantes pediam a deposição de Netanyahu, novas eleições e um acordo com o Hamas para a libertação dos reféns. Há expectativa de que os protestos continuem nos próximos dias. No exterior, também cresce a pressão contra o governo de Netanyahu. Os Estados Unidos, aliados históricos, criticam o número elevado de mortes em Gaza e pedem que Israel facilite a entrega de ajuda humanitária aos palestinos. As negociações para um cessar-fogo em Gaza devem ser retomadas no Egito, segundo a imprensa do país. O premiê enfrenta ainda problemas com a coalizão de extrema direita. Ela exige que os ultraortodoxos possam continuar se beneficiando da dispensa do serviço militar, obrigatório para homens e mulheres do país. 2. Governo de Israel diz que cirurgia de Benjamin Netanyahu foi um "sucesso." O primeiro-ministro foi operado de uma hérnia no domingo. Seu gabinete informou que ele está "em forma e começa a se recuperar." Pouco antes da operação, Netanyahu fez um discurso defendendo a continuidade da guerra em Gaza e reiterou os planos de invadir Rafah, na fronteira com o Egito, onde se concentram mais de mil refugiados palestinos. Nesta segunda, o exército israelense informou ter retirado seus tanques do hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, após ter ocupado o local durante duas semanas. Ao mesmo tempo, um ataque israelense contra o hospital Al-Aqsa no domingo deixou quatro mortos e 17 feridos, segundo a Organização Mundial da Saúde. 3. Vitória surpresa da oposição turca em eleições municipais desafia o governo Erdogan. Com a apuração quase encerrada, o principal partido da oposição, o social-democrata CHP, se manteve na capital, Ancara, em Istambul e Izmir, as três maiores cidades do país, e conquistou ainda várias outras, como Bursa, grande centro industrial governada pelo partido do presidente há 20 anos. O AKP, de Erdogan, sofreu sua pior derrota e perdeu capitais do interior na conservadora região da Anatólia, comandadas há muito pelo partido. Erdogan, que foi primeiro-ministro durante 11 anos e há quase 10 anos é presidente, prometeu respeitar os resultados das eleições locais, que ele qualificou de "guinada" para o seu campo. O país enfrenta uma grave crise econômica, com inflação na casa dos 70% ao ano e depois de uma forte desvalorização da lira, que afetou o poder aquisitivo da população. | Eleitores comemoram vitória da oposição à prefeitura de Istambul | Imagem: Umit Bektas / Reuters |
4. Papa Francisco revela que foi usado em tentativa de evitar a eleição de Bento 16. A declaração faz parte do livro "O Sucessor" sobre suas memórias, escrito pelo jornalista Javier Martínez Brocal, correspondente do diário espanhol ABC no Vaticano. A obra será lançada no dia 3, mas o jornal divulgou a história no domingo. A manobra, segundo o papa Francisco, foi incluir seu nome no conclave de 2005 para bloquear a eleição do cardeal alemão Joseph Ratzinger e então negociar um terceiro candidato. "Disseram-me mais tarde que não queriam um candidato estrangeiro", diz o papa no livro. "Eles me usaram, mas já pensavam em propor outro cardeal. Eles ainda não conseguiram superar isso", conta o papa Francisco no livro. Ele conta ter avisado que era melhor não brincarem com a sua candidatura porque não aceitaria e então Bento 16, que era seu candidato, foi eleito. 5. Consumo de maconha para fins recreativos deixa de ser crime na Alemanha. O país autoriza, a partir desta segunda-feira, o consumo para maiores de 18 anos. A droga só poderá ser comprada em associações com fins não lucrativos, onde é preciso se inscrever, e que serão controladas pelas autoridades. As pessoas podem adquirir até 25 gramas, o suficiente para mais de 50 cigarros, até duas vezes ao mês. O cultivo em casa só será legalizado a partir de julho, mas apenas até três plantas por pessoa e para uso pessoal. A lei que entra em vigor hoje é uma promessa de governo do premiê Olaf Scholz e foi aprovada em fevereiro após intensos debates. O texto proíbe o consumo da maconha a menos de 100 metros de escolas e parques infantis durante o dia. Deu no The New York Times: O fantasma dos matadores russos ronda a Europa. Segundo o jornal, a morte de um desertor russo na Espanha reacendeu o temor de que assassinos a mando de Moscou voltem a operar no continente. O ex-piloto Maksim Kuzminov deixou a Rússia em agosto e foi morto em fevereiro em um estacionamento em um uma estação balneária do sul da Espanha. Kuzminov levou seis tiros e foi atropelado. A reportagem afirma que os investigadores acreditam que ele tem a "assinatura" dos serviços secretos russos, o que provocou uma onda de choque nos serviços de inteligência europeus. Para os investigadores espanhóis, os assassinos quiseram enviar uma mensagem e teriam deixado intencionalmente as cápsulas de balas Makarov, uma munição do antigo bloco comunista. Um responsável dos serviços secretos da Espanha disse ao jornal que apesar dos esforços da inteligência europeia para desmantelar as redes russas de espionagem após a invasão da Ucrânia, "há sinais de que os esquadrões do Kremlin continuam operacionais." Leia mais. |
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