Bom dia!
A quarta-feira tem uma única pauta: os dados de inflação que serão divulgados nos Estados Unidos e por aqui. Ainda assim, é pouco provável que os indicadores funcionem como um ponto final sobre o que deve acontecer com a taxa de juros lá e cá.
Nos Estados Unidos, números fortes da economia americana, especialmente relacionados a emprego, têm feito investidores recalibrarem suas apostas sobre quantos cortes de juros o Fed será capaz de realizar neste ano. O indicador de inflação, ainda que crucial, parece não ser o bastante para consolidar as apostas.
Estimativas da agência Bloomberg apontam para uma aceleração do CPI de 3,2% em fevereiro para 3,4% em março, isso por uma alta nos preços de aluguéis, carros usados e passagens aéreas. Mesmo que a inflação seja mais benigna do que isso, a alta recente nos preços das commodities, se consolidada, tem tudo para pesar na inflação futura. Daí porque a divulgação de hoje não encerra a questão.
Algo parecido ocorre no Brasil. O IBGE divulga logo mais às 9h o IPCA de março e é esse dado que deve guiar a nova postura do Banco Central brasileiro para a Selic. Na última reunião, o BC decidiu deixar contratada apenas mais uma queda de 0,50 ponto na taxa de juros, abrindo espaço para diminuir o ritmo de cortes caso os preços parem de cair.
O BC mirou na inflação de serviços em sua decisão, mas pode ter que usar a medida para domar um repique em commodities, incluindo alimentos. Isso sem falar nos riscos derivados de uma mudança na meta fiscal de 2025 (leia mais abaixo).
Na expectativa pelos indicadores, os futuros americanos operam sem direção clara, enquanto as ações europeias sobem à espera da reunião do Banco Central Europeu, marcada para amanhã.
Não há referência para o EWZ nesta manhã. Vale e Petrobras, que patrocinaram as duas altas do Ibovespa nesta semana, começam o dia novamente no azul e podem içar a bolsa brasileira de volta aos 130 mil pontos. Bons negócios.
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