Militares que foram expulsos das Forças Armadas do Brasil por cometerem crimes ou infrações graves são premiados com pensão vitalícia para suas famílias antes mesmo de sua morte. O benefício é pago desde 1960, quando foi aprovada uma lei garantindo o direito às famílias de militares expulsos. As pensões mensais variam de R$ 1.500 a R$ 33,4 mil brutos. Entre os agraciados estão militares condenados por homicídio, tráfico internacional de drogas e tentativa de estupro de vulnerável. Especialistas ouvidos pelo UOL consideram o pagamento "equivocado", um "privilégio". "Passa a mensagem de que o crime compensa" diz Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Marinha e Aeronáutica pagaram, só no ano passado, mais de R$ 23 milhões em pensões a famílias de militares expulsos. O Exército Brasileiro, maior das três Forças em termos de pessoas e orçamento, confirmou ter expulsado mais de 17 mil militares nos últimos 50 anos, mas não revelou ao UOL o quanto gasta com essas pensões. O pagamento de pensões por morte a famílias de militares expulsos veio à tona em maio deste ano com a revelação de que a ex-mulher de Ailton Barros recebe pensão mensal de R$ 22,8 mil. O ex-major foi expulso do Exército em 2006 e agora está preso por suspeita de envolvimento em falsificação de cartões de vacina do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ex-segundo-sargento Manoel Silva Rodrigues também integra a lista de "mortos-vivos" das Forças Armadas. Sua família recebe pensão mensal de R$ 5.700. Ele foi preso pela polícia espanhola, em 2019, com 39 kg de cocaína em um avião da comitiva de Bolsonaro. LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO UOL PRIME |
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