1. Começa hoje o julgamento de Trump no caso da atriz pornô. É a primeira vez que um ex-presidente americano ocupa o banco dos réus em uma ação penal. A promotoria de Nova York acusa Donald Trump de ter maquiado pagamentos feitos à atriz pornô Stormy Daniels para obter seu silêncio pouco antes das presidenciais de 2016. Ao todo, ele responde a 34 acusações e pode ser condenado a até quatro anos de prisão em cada uma delas. A defesa afirma que Trump pagou os valores porque estava sendo extorquido. O ex-advogado de Trump, já condenado por esse pagamento, será a testemunha-chave da acusação. O julgamento começa hoje com a seleção do júri, que pode beneficiar a promotoria, já que Nova York é um bastião democrata. Trump enfrenta outros processos com acusações ainda mais graves, mas este poderá ser o único em que ele será julgado antes das presidenciais de novembro. 2. Israel avalia resposta ao ataque do Irã. Reunido no domingo, o gabinete de guerra de Israel não decidiu como ou quando responderia à ofensiva iraniana do final de semana sobre seu território. Teerã lançou mais de 300 drones e mísseis contra Israel, quase todos interceptados por Tel Aviv e países aliados, e depois informou que a operação, sem grandes danos a Israel, estava encerrada. O ataque foi uma represália ao bombardeio do consulado iraniano na Síria, que matou comandantes da Guarda Revolucionária. Joe Biden declarou que os EUA não participarão de uma contraofensiva israelense contra o Irã, desencorajando uma nova escalada. Autoridades israelenses flexibilizaram as restrições impostas à população por razões de segurança e anunciaram a reabertura das escolas nesta segunda na maior parte do país, o que pode indicar que não haverá um ataque imediato. 3. ONU e G7 pedem moderação para evitar que guerra se alastre no Oriente Médio. O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu que se evite qualquer ação que possa causar confrontos em múltiplas frentes na região. A reunião de emergência no domingo do Conselho de Segurança terminou sem consenso sobre como tratar a ofensiva iraniana contra Israel. Os EUA também defenderam cautela para impedir novas guerras e exigiram, ao mesmo tempo, uma condenação a Teerã pelo ataque. Já a Rússia e a China optaram por não condenar o Irã e argumentaram que o país reagiu à destruição de seu consulado na Síria. O grupo dos sete países mais ricos condenou o ataque iraniano e defendeu um cessar-fogo imediato em Gaza. O papa Francisco também pediu para os países evitarem "uma espiral de violência" no Oriente Médio.  | | Faixa em rua de Teerã faz alusão ao ataque de mísseis contra Israel | | Imagem: Atta Kenare / AFP |
4. Dez anos após o megassequestro realizado pelo Boko Haram, cerca de cem garotas ainda estão desaparecidas. O rapto de 276 meninas em uma escola secundária em Chibok, na Nigéria, a maioria cristãs, na noite de 14 de abril de 2014, chocou o mundo e levou a uma campanha internacional para obter a libertação das estudantes. Uma década depois, o país continua sob a ameaça do grupo islâmico Boko Haram e sequestros em massa continuam ocorrendo, realizados também por gangues que cobram o pagamento de resgates. Em março, homens armados levaram à força cerca de 300 crianças de vilarejos no norte, em incidentes separados. Isso ocorre apesar das medidas adotadas pelo governo nigeriano para reforçar a segurança nas escolas. O exército da Nigéria retomou áreas que estavam sob o controle do Boko Haram, mas também luta contra um braço do Estado Islâmico no país. 5. Visitas privadas da Acrópole de Atenas causam polêmica na Grécia. O ministério grego da Cultura passou a autorizar, desde abril, a visita de pequenos grupos de até cinco pessoas antes ou depois da abertura do monumento ao público em geral. Por cinco mil euros por pessoa, eles podem escapar da multidão de 22 mil visitantes diários durante o verão e também se beneficiar de temperaturas mais amenas. Mas a medida, diz reportagem do The Guardian, causa revolta de arqueólogos que denunciam a mercantilização da Acrópole, e também dos guias turísticos. Os turistas acham o preço exorbitante. A medida, afirma o jornal britânico, afeta o espírito democrático associado à Acrópole, símbolo da civilização grega antiga. Deu no Le Monde: "Constrangimento da Igreja com as obras de arte de padres predadores." O jornal escreve que autoridades religiosas, por causa da crescente pressão popular, se interrogam sobre o que fazer com as criações artísticas de padres acusados de agressões sexuais. O Le Monde cita o caso do padre esloveno Marko Rupnik, acusado de abuso sexual por dezenas de mulheres. Suas obras, que decoram até a capela privada do papa, integram parte da nova fachada do santuário de Aparecida, no estado de São Paulo. Uma petição exige a retirada desses mosaicos. A diocese de Versalhes, na França, é uma das que romperam a colaboração com ele. As obras do padre Louis Ribes, apelidado de "Picasso das igrejas" - morto em 1994 e reconhecido como culpado de pedofilia em dezenas de casos - não podem ser mais exibidas em algumas cidades francesas por ordem episcopal. Leia mais. |
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