O estranho caso do cartão de vacinação de Bolsonaro forneceu à PF um caminho rápido para acessar o celular do ex-presidente e fazê-lo depor mais uma vez. Leonardo Sakamoto compara o caso ao do mafioso Al Capone, que acabou sendo condenado por fraudes fiscais, um crime relativamente pequeno, mas fácil de provar. Madeleine Lacsko lembra o modesto Fiat Elba que foi o estopim do impeachment de Fernando Collor. Thaís Oyama apurou que a esperança do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, é que a bomba estoure no colo (alô, Riocentro) apenas do militar Mauro Cid e de seus companheiros, deixando a impressão de que Bolsonaro foi vítima de armação. Nesse sentido, caminhou a PGR da inefável Lindôra Araújo, que, em ofício (do qual discordou Alexandre de Moraes) só viu razão para a investigação de assessores e outras pessoas. Reinaldo Azevedo, aqui, e Carolina Brígido, aqui, analisam o episódio. Ainda não se sabem as consequências jurídicas da operação Venire, mas, politicamente, Bolsonaro vai se tornando um companheiro cada vez mais tóxico. Como bem compara o mestre Josias de Souza: "Foi como se o capitão, imunizado pela Polícia Federal com doses cavalares de nitroglicerina, tivesse virado um jacaré." | 
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