| | Seleção brasileira feminina de vôlei foi vice-campeã da Liga das Nações de 2022 | FIVB/Divulgação |
| | | | Liga das Nações de vôlei começa com a seleção controlando as expectativas | | Quando a seleção feminina de vôlei começou bem a Liga das Nações (VNL) da temporada passada e eu elogiei a equipe pelo Twitter, um colega fez o seguinte comentário no inbox: "esse time não vai a lugar nenhum". As razões para a desconfiança eram muitas, e foram respondidas na bola. O vice na Liga das Nações e, depois, no Mundial, foram demonstrações inequívocas de que esse time pode ir muito, muito longe. Essa nova expectativa é a grande casca de banana da qual o time de José Roberto Guimarães precisa fugir. A forma como a seleção vai lidar com essa responsabilidade, em uma temporada que tem como grande objetivo a vaga olímpica, é o que vai determinar o sucesso (ou não) nessa empreitada. A VNL começa na quarta-feira (31) para o Brasil, que joga em Nagóia (Japão) contra China, Holanda, República Dominicana e Croácia. Para esta primeira parada, Zé Roberto não conta com Thaísa, de volta à seleção, e Gabi. Como a China não terá Ting Zhu, poupada na liga inteira, o Brasil é favorito a voltar com quatro vitórias. Mas também pode tropeçar. E é isso que é preciso termos em mente. A Liga das Nações é parte do caminho para o objetivo final, não o ponto de chegada. A tendência é de Zé Roberto rodar o elenco, fazer testes, e construir um time para a Pré-Olímpico, em setembro, quando o Brasil vai jogar contra Japão, Turquia, Argentina, Bélgica, Bulgária e Porto Rico. O desempenho na temporada 2022 foi ótimo, mas a equipe sofreu mudanças — para melhor? só o tempo vai dizer. Ana Cristina e Julia Bergmann voltam após pedirem dispensa do Mundial, e Thaísa encerrou sua aposentadoria da seleção. Por outro lado, Carol Gattaz e Júlia Kudiess estão fora. Só que outros times também têm novidades. Especialmente a Turquia, rival direta por uma vaga olímpica, que agora pode contar com a cubana naturalizada Melissa Vargas. Depois de Nagóia, a seleção volta a jogar em Brasília, para ginásio lotado e empolgado, contra Coreia do Sul, Sérvia, Alemanha e EUA, de 14 a 18 de junho. E fecha a fase de classificação na Tailândia, diante de Itália, Canadá, Turquia e Tailândia, na virada do mês que vem. | | | A skatista paulista Raicca Ventura, uma das finalistas do STU Open no Rio de Janeiro | Pablo Vaz/ STU Divulgação |
| | | | No Pro Tour de San Juan, skate park mostra força na briga por vagas olímpicas | O Pro Tour de San Juan, segundo evento da corrida olímpica, mostrou um Brasil fortíssimo no skate park. A começar pelo feminino, que era a pedra no sapato da modalidade. Raicca Ventura foi bronze, na primeira medalha dela, que só tem 16 anos, entre a elite mundial. Ficou atrás de Sky Brown, lógico, e da adolescente Ruby Trew, australiana de 13 anos. Dora Varella terminou em sexto. Yndiara Asp repetiu o nono lugar do Mundial e deu mais um passo para ir à Olimpíada. São três vagas por país, no máximo. No masculino, a disputa será de altíssimo nível. Luigi Cini, que nunca ganhou medalha nem no STU (circuito brasileiro), foi campeão de um torneio que contou com praticamente todos os melhores do mundo. Curitibano de 19 anos, parceiro de treino de Augusto Akio, ele foi ao pódio com os americanos Tom Schaar e Keegan Palmer. Sem sabermos quantas etapas vão valer para o ranking olímpico, dá para adiantar que a briga vai ser ótima. Além de Japinha, Pedro Barros e Luigi, que já foram ao pódio, o Brasil tem Pedro Quintas (20º no Mundial e 13º na Argentina), Kalani Konig (que machucou o braço nas eliminatórias) e Luiz Francisco (ainda se recuperando de lesão). No street, a novidade da semana foi Letícia Bufoni confirmando que não vai tentar vaga em Paris. Nenhuma surpresa. O Brasil será representado por Rayssa Leal (melhor do mundo), Pâmela Rosa e Gabi Mazetto (em evolução). Brasil evolui no levantamento de peso, mas ainda um passo atrás do nível mundialO Brasil está em visível evolução no levantamento de peso, e o Campeonato Brasileiro demonstrou isso. Amanda Schott, que baixou incríveis 16 quilos para se adaptar a uma nova categoria (até 71 kg), estraçalhou seus próprios recordes brasileiros. Fez 108 kg no arranco, 128 kg no arremesso e 236 kg no total. Uma melhora absoluta de oito quilos. Laura Amaro, da categoria até 81 kg, bateu seu recorde nacional no arranco, com 112 kg, mas não conseguiu no arremesso, onde já tem 138 kg. A soma potencial de 150 kg. O problema, antes de pensar em medalha olímpica ou Mundial, é comparar com a evolução do resto do mundo. Nas Olimpíadas de Tóquio, quando a categoria de Laura permitia atletas até 87 kg (e seis quilos a mais é muita coisa), as competidoras que chegaram ao pódio levantaram, respectivamente, 270 kg, 263 kg e 256 kg. Neste ano, uma chinesa já tem 275 kg e, uma egípcia, 268 kg. É assustador. O Brasileiro de LPO também marcou a volta de Matheus Gregório às competições, depois de cumprir suspensão por doping por quatro anos. Ele disputou as Olimpíadas do Rio, testou positivo para um anabolizante no fim de 2018, e vai brigar por vaga em Paris na +102kg. Irmão dele, Marco Túlio é o principal nome da categoria abaixo. Yuri Guimarães é destaque solitário no Pan de ginástica artísticaAnalisando as notas, há pouco para se comemorar da Brasil no Pan de ginástica artística, disputado em Medellín (Colômbia). Tanto no masculino quanto no feminino, os principais nomes foram poupados. Entre os homens, destaque total para Yuri Guimarães, que já faz parte da elite. Ele foi bronze no individual geral, ouro no salto e prata no solo. O mais importante: mostrou que pode ser um generalista para a equipe. As notas dele em todos os seis aparelhos nas eliminatórias entrariam como uma das três melhores do país na final do Mundial do ano passado. Se ele for o segundo ou terceiro generalista do time (Caio Souza é o primeiro, Diogo Soares vem depois), a equipe pode ter Arthur Nory, Arthur Zanetti e Diogo em aparelhos específicos. Até porque Lucas Bitencourt mais uma vez foi mal — terminou só em 12º. No feminino, o desempenho foi muito ruim, a ponto de a equipe terminar em quinto, não só atrás de Canadá e EUA, mas também de México e Argentina. Até Julia Soares esteve abaixo do que está acostumada. | Aberta a temporada de busca de índices no atletismo e na natação | Começa na quinta (1) e vai durar um ano a janela de obtenção de índices para as Olimpíadas de Paris no atletismo na maior parte das provas, exceto as de resistência (marcha, maratona, combinadas e 10.000 m). Em busca desses índices, diversos brasileiros já estão na Europa para a fase mais gostosa da temporada, de um meeting atrás do outro. A dura realidade é que poucos brasileiros vão alcançar as duríssimas marcas mínimas exigidas pela World Athletics, e a maioria vai a Paris pelo ranking mundial. Mas vai ser interessante acompanhar a busca por esses índices. Alcançá-los é entrar na lista de quem briga, no mínimo, por final na Olimpíada. Entre as candidatas está Tatiane Raquel, dos 3.000 metros com obstáculos, que abriu a temporada na Europa vencendo um meeting na Espanha. Ela precisa baixar o próprio recorde brasileiro (9min24s38, de 2022) para alcançar o índice (que é de 9min23). É difícil, mas não impossível. Na natação, a busca de índices começa com o Troféu Brasil, de amanhã (30) até sábado (3) servindo de seletiva para o Mundial de Fukuoka (Japão) e para o Pan em Santiago (Chile). A disputa mais acirrada, claro, será pela classificação ao Mundial. Além de atingir os índices da World Aquatics, os brasileiros vão concorrer entre si por apenas 12 vagas em provas individuais, limite estabelecido pela própria CBDA por critérios técnicos. Contando também revezamento, a ideia é que a delegação não supere 20 nadadores. Amanhã (30) a coluna trará um texto sobre a competição. | Morre Renyldo Ferreira, ícone do hipismo brasileiro. Mas COB ignora | Morreu em 28 de abril o cavaleiro Renyldo Pedro Guimarães Ferreira, que competiu em quatro Olimpíadas, de 1948 a 1960. O "coronel", como era conhecido, por causa da sua patente no Exército, tinha 99 anos — faria 100 em 29 de junho. Também era o atleta olímpico mais velho do Brasil ainda vivo. Como técnico e dirigente, foi um dos grandes do esporte brasileiro. Além das participações olímpicas, esteve em quatro edições dos Jogos Pan-Americanos: 1951, 1959, 1963 e 1967 (quando o Brasil conquistou seu primeiro ouro). Em 1956, Renyldo foi protagonista de uma conquista única do hipismo brasileiro, ao vencer, junto com Eloy Menezes e Nelson Pessoa Filho, a prova por equipes da Copa das Nações, em Aachen (Alemanha). Treinador do Clube Hípico de Santo Amaro (entidade da qual também foi presidente), formou vários cavaleiros — entre eles, o olímpico Doda Miranda. Seu legado foi exaltado pela Federação Internacional de Hipismo (FEI), mas ignorado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), que perdeu a chance de homenageá-lo no evento do Hall da Fama, realizado em São Paulo no dia 18 de maio. | |
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