Bom dia!
É como se o Brasil não pudesse celebrar notícias positivas. O PIB brasileiro, que segue robusto, agora faz com que economistas prevejam uma alta da Selic para a faixa de 15% ao ano, patamar que não é visto desde 2006. E, naquela época, o Brasil ainda consolidava o Plano Real e baixava, pouco a pouco, a taxa de juros para patamares mais sustentáveis.
Acontece que PIB em expansão embute um risco de inflação mais acelerada, forçando o Banco Central a agir para controlar a demanda e os preços. Por outro lado, juros altos drenam investimentos na bolsa, mais arriscados.
Na terça, o Ibovespa até conseguiu subir, mas continua negociado 6% abaixo do fechamento de 2023. E fica difícil imaginar que o índice conseguirá diminuir a diferença neste fim de ano.
A agenda econômica hoje tem dados de produção industrial, com a expectativa de que a atividade do setor tenha desacelerado em outubro. A indústria foi um dos setores que garantiram os bons números do PIB no terceiro trimestre, com alta de 0,6%.
O EWZ abriu estável nesta quarta, enquanto os futuros americanos e os índices europeus avançam. Nos EUA, o destaque é a participação de Jerome Powell em evento do jornal 'The New York Times' e a divulgação, na sequência, do Livro Bege do Fed, um relatório das condições da economia do país.
Entre os indicadores, investidores examinam os dados do relatório ADP, que mostra as contratações do setor privado americano. O documento é uma espécie de prévia do payroll, que sai no fim da semana.
Já na Europa, investidores acompanham a nova ebulição política na França em torno da aprovação do Orçamento para 2025. O ministro das Finanças deverá sofrer uma moção de desconfiança no Parlamento francês, em um movimento capitaneado pela líder da extrema-direita, Marine Le Pen.
Após dias de incerteza, o mercado financeiro parece mais tranquilo com a crise. As ações sobem na bolsa de Paris nesta quarta-feira. Bons negócios.
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