Bom dia!
Não é só no Brasil que o debate (essencialmente político) sobre como manejar as contas públicas tem balançado os mercados financeiros. Nesta manhã, o principal índice de ações da França cai quase 1%, reflexo das disputas sobre o Orçamento de 2025.
O partido de extrema-direita francês, comandado por Marine Le Pen, ameaça o ministro das Finanças, Antoine Armand, com um voto de desconfiança, caso ele não ceda às demandas feitas pela sigla.
A discussão em torno do Orçamento francês já fez os juros da dívida do país saltarem a máximas históricas, alcançando o patamar da dívida grega.
Na Alemanha, que terá eleições antecipadas em fevereiro, o estopim da crise política também foi ao redor do Orçamento do próximo ano. O chanceler Olaf Scholz buscava flexibilizar as regras de gastos do país para ampliar investimentos, mas sofreu resistência do partido FDP, que formava a coalizão que governava a Alemanha.
As ações europeias cedem nesta segunda, assim como os futuros das bolsas americanas. Nos EUA, investidores retomam os negócios após o feriado de Ações de Graças, na quinta, seguido pelo pregão mais curto na sexta.
A agenda começa fraca, mas a semana será marcada pela divulgação de dados oficiais de emprego no mercado americano.
Assim como na Europa, o Brasil continuará a viver sua assombração em volta das contas públicas. Na sexta, as ações registraram um alívio com a sinalização do Congresso de que Brasília entregará um ajuste de gastos condizente com o arcabouço fiscal. Investidores estrangeiros parecem satisfeitos com a sinalização: o EWZ, fundo que representa a bolsa brasileira em Nova York, destoa de Wall Street e avança quase 1% nesta manhã. Bons negócios.
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