Bom dia!
Quem olha para os mercados financeiros nesta sexta-feira pode até esquecer o apocalipse que se instalou nas bolsas no começo da semana. Os futuros americanos preparam mais um dia de alta, isso após o S&P 500 ter registrado, na véspera, a maior valorização diária desde 2020.
O Brasil vai seguindo a mesma tendência nesta sexta. O EWZ, ETF que emula o Ibovespa avança 0,56% nesta manhã.
Mas há uma diferença importante entre EUA e Brasil nesta sexta. Enquanto lá fora a agenda é fraca, o Brasil têm dois temas importantes para lidar: a divulgação do IPCA e o balanço da Petrobras.
A inflação de julho deve subir para 0,35%, de acordo com as estimativas colhidas pelo Broadcast. O número vem após o Copom aventar a possibilidade de elevar as taxas de juros, caso a inflação brasileira continue a se distanciar da meta de 3% ao ano.
Ontem, já próximo do fechamento do mercado, Gabriel Galípolo, cotado a suceder Roberto Campos Neto na presidência do BC, fez declarações duras sobre o compromisso com a meta de inflação, desencadeando uma queda no dólar.
Para além da inflação, haverá a Petrobras. A estatal divulgou seu primeiro prejuízo desde 2020, consequência do pagamento de US$ 20 bilhões em dívidas tributárias com a União. Com isso, a distribuição de dividendos foi reduzida ao mínimo previsito em estatuto. Não à toa, os papéis cedem mais de 1,5% no pré-mercado em Nova York. Nesta sexta, investidores entram em teleconferência com executivos da companhia para entender os projetos futuros – e o compromisso com a rentabilidade da estatal sob a gestão de Magda Chambriard.
Mas se há algo que pode ajudar o Ibov a fechar bem a semana é a China. Na madrugada, o país anunciou uma aceleração da inflação no país, Para eles, e para o globo, essa é uma boa notícia: indica que a economia está reacelerando após um período de redução no consumo das famílias. Se o movimento se sustentar, a economia global também se beneficia. Tanto petróleo quanto o minério de ferro têm alta nesta sexta.
Bons negócios.
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