Bom dia!
O BC americano divulga nesta quarta-feira a ata da reunião de julho, quando decidiu manter a taxa de juros no atual patamar de 5,5% ao ano, ao mesmo tempo em que mostrou ter no radar preocupações com a solidez do mercado de trabalho americano.
Nesta quarta, investidores conhecerão as minúcias da decisão explicadas na ata do encontro. Ficará mais claro qual o tamanho da desaceleração no emprego no país.
Antes, os Estados Unidos também divulgam a revisão anual dos dados oficiais de emprego. Os bancos Goldman Sachs e Wells Fargo estimam que a geração de vagas nos EUA esteja superestimada em 600 mil postos. O JP Morgan fala em 360 mil vagas a menos.
Investidores americanos estão em cima do muro à espera do dado. Os futuros dos principais índices operam em leve alta, mesma direção das bolsas europeias.
O Brasil acompanha a tendência. Após renovar sua máxima histórica e fechar acima dos 136 mil pontos, o Ibovespa tem novo viés de alta nesta quarta. Quem dá a direção é o EWZ, que avança mais de 1% no pré-mercado em Nova York.
Por aqui, o Senado aprovou as regras de compensação da desoneração da folha de pagamento, um dos impasses fiscais que se arrasta no Congresso. O aumento do imposto sobre o Juro sobre Capital Próprio, uma espécie de dividendo das empresas, foi excluído do texto. Há ainda um empurrão das commodities para o Ibovespa. O minério de ferro saltou mais de 4% em Dalian, na China, e voltou a ser negociado acima de US$ 100 por tonelada.
Com a agenda doméstica fraca, são os investidores americanos que vão dizer se o Ibovespa tem fôlego para continuar a subir. E a ata do Fed continua a ser apenas um aperitivo para o que realmente importa nesta semana: o discurso de Jerome Powell no seminário de Jackson Hole, na sexta-feira. Bons negócios.
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