Bom dia!
Hoje é dia de inflação. Os Estados Unidos divulgam logo mais, às 9h30, o CPI do mês de julho, com a expectativa de que os preços tenham permanecido nos mesmos 3% do acumulado em 12 meses até junho.
A estagnação, em vez de queda, deve ter sido relacionada aos preços dos combustíveis, segundo economistas. No indicador de núcleo de inflação, que desconta justamente energia e alimentos, a expectativa é de que os preços em 12 meses até julho tenham ficado em 3,2%, abaixo dos 3,3% do ano fechado em junho.
A confirmação de que a inflação segue desacelerando é crucial para reforçar as apostas de que o Fed terá condições de cortar a taxa de juros americana em 0,50 p.p. na reunião de setembro. Após o susto com o medo de recessão, agora investidores estão divididos entre 0,50 p.p. e 0,25 p.p, com leve maioria para o corte mais agressivo.
Os futuros das bolsas americanas operam perto do zero a zero nesta manhã, e devem continuar nesta toada pelo menos até a divulgação do indicador. Enquanto isso, os índices europeus avançam.
No Brasil, investidores voltam suas atenções a Brasília. O Senado deve votar o projeto de renegociação das dívidas dos Estados e a proposta sobre a desoneração da folha de pagamento. Já a Câmara dá os próximos passos para a regulamentação da reforma tributária. São assuntos que afetam diretamente as contas públicas e o futuro do país, ainda que virtualmente não tenham impacto direto sobre o Ibovespa.
A bolsa brasileira continua sua jornada de alta, agora aos 132 mil pontos. O Ibovespa está a 1,35% de alta para zerar a perda acumulada em 2024, impulsionado pelo alívio que vem do possível corte de juros nos EUA.
O dia pode ser desafiador na Faria Lima. A influência maior continua a vir de Nova York e dados mais fracos de inflação devem contratar mais uma alta do Ibovespa. Por outro lado, a China deve exercer pressão negativa. O minério de ferro fechou abaixo de US$ 100 por tonelada na bolsa de Dalian e já pesa sobre os papéis da Vale. A mineradora cede quase 2% no pré-mercado. O Ibovespa precisará lutar contra a grande influência da companhia para continuar sua trajetória de alta. Bons negócios.
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