Bom dia!
É o clássico "nunca está bom". A Nvidia entregou um lucro 168% maior no segundo trimestre, quando comparado com igual período do ano anterior. A receita superou US$ 30 bilhões. E a expectativa agora é de que no terceiro trimestre a receita bata US$ 32,8 bi, acima das previsões anteriores do mercado financeiro.
Ainda assim, as ações da companhia operam em queda de mais de 2% nesta manhã. Analistas têm dito que a razão para isso é que o guidance não está alto o bastante – isso apesar de ser maior que o consenso do mercado. É como se investidores dissessem que fizeram uma projeção apenas para confirmar que eles estavam muito errados e que queriam ser surpreendidos com resultados ainda mais impressionantes.
A queda nos papéis é ínfima quando comparada à valorização de 150% no ano. E os futuros das bolsas americanas concordam com isso, tanto que escapam do efeito-Nvidia e avançam nesta manhã. A agenda de indicadores nos EUA continua relativamente fraca. Nesta quinta, será divulgada a segunda leitura do PIB do país, que atualiza o crescimento de 2,8% da economia no segundo trimestre. As revisões tendem a ter menor peso sobre o mercado, porque reservam poucas surpresas. Além disso, também às 9h30 saem os pedidos de auxílio-desemprego no país, indicador que ajuda a calibrar a robustez da economia americana frente aos juros persistentemente altos. Por lá, o que vale mesmo é a inflação medida pelo PCE, que será publicada na sexta.
No Brasil, a FGV divulga a inflação medida pelo IGP-M, que reajustava a maior parte dos contratos de aluguel. O consenso é que ela tenha cedido para 0,45%, após subir 0,61% em julho. O indicador é mais volátil que o IPCA porque também mede preços ao produtor, com impacto mais visível das oscilações do dólar. Ele também é considerado uma bola de cristal para a inflação oficial, porque acaba antecipando a tendência dos preços ao consumidor nos meses seguintes.
Trata-se de um indicador importante no momento em que o mercado financeiro tenta prever a necessidade de um aumento na taxa Selic para manter a inflação brasileira dentro da meta. Falando em inflação na meta, o dia também deve ser marcado por novas repercussões da indicação de Galípolo à presidência do Banco Central, como amplamente esperado. Bons negócios.
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