Bom dia!
O Ibovespa decidiu aposentar o dito popular de que agosto é o mês do desgosto. O índice de ações vai fechar o mês com alta expressiva, superando e muito a valorização do S&P 500. Até o pregão de ontem, o Ibov avançava 6,95% no mês, ante subida de 1,26% do S&P 500. O Nasdaq cai 0,47%.
A surpresa com a bolsa brasileira está ligada a um retorno dos investidores estrangeiros ao mercado de ações do país. Até o dia 27 de agosto, entraram R$ 9,3 bilhões em recursos gringos, ajudando a diminuir a fuga de recursos, que agora é de R$ 27 bilhões.
E eles só voltaram porque finalmente há a perspectiva de que os juros americanos comecem a cair, com o primeiro corte já na reunião de setembro, como indicado por Jerome Powell, presidente do Fed, na sexta passada. Com juros menores dos EUA, investidores tendem a se mover em direção a mercados mais arriscados, com maior possibilidade de retorno. E, nisso, a bolsa brasileira estava barata.
Mas, para determinar não apenas o tamanho do primeiro corte, mas os próximos passos, a inflação americana continua a ser crucial. Nesta sexta, os EUA divulgam o PCE, a medida usada pelo Fed para calibrar a política monetária. Esse deve ser o fio condutor dos negócios. Os futuros das bolsas americanas sobem nesta manhã. O EWZ também avança, indicando um dia positivo para o Ibovespa.
Mas se as ações vivem uma boa fase, o mesmo não se pode dizer do real. A moeda americana é negociada acima dos R$ 5,60, o mesmo patamar do fechamento de julho e uma alta acumulada de mais de 16% no ano. Ante o excesso de volatilidade do câmbio, o BC anunciou um leilão extraordinário de US$ 1,5 bi.
Nesta sexta, investidores brasileiros têm ainda a divulgação da taxa de desemprego, indicador que tem se mostrado resiliente mesmo ante os juros altos do país. Bons negócios.
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