Não me levem a mal, eu adoro A Grande Conquista. É um reality show movimentado, com um elenco permanentemente disposto a mostrar serviço. Mas acredito que chegou a hora de dizer adeus. No documento abaixo, listei alguns bons motivos para a Record desistir do formato e pensar em outras coisas para ocupar essa meiuca do ano que vem. Começo complicadoOs primeiros episódios são cruciais para uma atração televisiva 'pegar'. Em vez de simplificar as tramas e fazer o telespectador se encantar por possíveis protagonistas, A Grande Conquista joga 100 pessoas de uma só vez -e só a metade com microfone. Isso vai contra qualquer regra da televisão popular. Chega a ser interessante do ponto artístico -é desafiador acompanhar quais ousadias cada um dos participantes tentarão executar no exíguo tempo de tela que tem disponível. Mas talvez fosse um mateiral mais adequado ao Mubi do que o PlayPlus. Sensação de déjà-vuLogo depois que acaba essa fase com 100 pessoas, o reality abraça o padrão: 20 anônimos e subcelebridades confinadas sob um mesmo teto. É como A Fazenda sem bichos, ou o BBB sem anunciantes. Tudo acaba virando paisagem, pois a falta de diferenciais mais eloquentes ao longo da temporada faz com que nada se destaque. Por isso gostava do Power Couple, com casais confinados juntos, ou a Ilha Record, com subcelebridades passando perrengue na praia. Chego a ter saudades do que não vivemos, como aquele reality show prometido pelo SBT que confinaria ex-casais. Cadê? Repercussão tímidaSe uma árvore cai na floresta e ninguém está perto para ouvir… Ela fez barulho? Com os problemas supracitados, mesmo que estejam acontecendo mil emoções por segundo em A Grande Conquista, o programa acaba passando por baixo do radar da opinião pública. Não repercute, não engaja, não emociona. Se tornou um tesouro escondido para uma audiência seleta, nós, os cronicamente fascinados por reality show. Somos uma turma muito divertida, mas não sei se é o suficiente. O nomeNão me conformo com os nomes criados para a atual safra de formatos originais da televisão brasileira. Estrela da Casa, que estreia em agosto na Globo, é um nome péssimo para um formato aparentemente encantador (um BBB só com músicos). E A Grande Conquista não fica atrás. Sílabas demais, difícil de digitar no celular e complicado de repetir a hashtag no Twitter. Parte do sucesso do Big Brother Brasil reside na inteligência de quem resolveu popularizar as iniciais. Você está assistindo ao reality? Ou preferia ver outro formato substituindo A Grande Conquista em 2025? Escreva para a coluna! Voltamos a qualquer momento com novas informações. PUBLICIDADE | | |
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