Bom dia!
A primeira entrevista da nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, parece ter pegado bem entre investidores. Os papéis da companhia negociados em Nova York começaram a manhã em alta de 1,42%, valorização bem mais expressiva que os 0,03% do EWZ (que representa o Ibov em Nova York) e mesmo acima dos futuros das bolsas americanas.
Chambriard afirmou que a Petrobras precisa ser "rentável" e atender aos interesses de seus acionistas. "A palavra-chave é conversa. Teremos que conversar muito e entender muito as demandas de cada um. Vamos colocar a Petrobras à disposição dos interesses de seus acionistas, dentro da lógica empresarial."
A nova CEO da empresa também reafirmou que quer ampliar as fronteiras de exploração de petróleo, avançando sobre a chamada Margem Equatorial, na foz do Amazonas e motivo de conflito com o ministério do Meio Ambiente. Por fim, a executiva também comentou que a política de preços da companhia, que deve se manter mais "abrasileirada" para evitar a importação da volatilidade dos preços internacionais para a economia brasileira.
Acontece que a subida das ações da Petrobras no pré-mercado não garante alta durante o pregão na B3. E nem a subida da própria bolsa. Na segunda, o Ibov conseguiu estancar uma sequência de seis quedas, isso com uma alta de modestos 0,15%.
A recuperação depende também do cenário externo, claro. Mas os fatores internos seguem pesando. Às 9h, o IBGE divulgará o IPCA-15, isso enquanto investidores discutem a tal desancoragem das expectativas para os preços.
É fato que a economia doméstica está sólida, mas entrou em uma janela de incertezas. Mudança na meta fiscal, divisão no BC, e catástrofe climática no Rio Grande do Sul (ainda sem data para acabar) mandaram analistas e economistas de volta para suas planilhas de Excel. E eles estão prevendo uma piora nas condições econômicas. Não à toa a bolsa brasileira está derretendo. Além da inflação, hoje o Tesouro divulga dados do resultado primário.
Enquanto isso, Nova York volta do feriado sem nada com que se ocupar no noticiário. Nos EUA, os dados mais importantes chegam na quinta (o PIB) e na sexta (o PCE). Fica, então, mais uma vez na conta dos dirigentes do Fed. Bons negócios.
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