Bom dia!
A véspera de feriado em boa parte do Brasil, por Corpus Christi, deixa a agenda de indicadores carregada. Entre os dados mais importantes estão a Pnad Contínua, que mostra o desemprego do país, e o Caged, com um retrato do emprego no setor formal.
Um dos "dilemas" recentes entre os economistas é ver que o mercado de trabalho brasileiro está sólido apesar da persistência da taxa de juros em patamares bastante elevados. Emprego e salário estáveis tendem a dificultar a queda da inflação. Numa abordagem bastante conservadora, isso significa juros mais altos por mais tempo, o que pode, sim, ser danoso para a economia a longo prazo.
Isso num cenário em que as expectativas do mercado foram bagunçadas tanto no Brasil quanto no exterior. A previsão de que o Fed demorará ainda mais para cortar juros, algo que já está previsto apenas para o segundo semestre, pressiona o câmbio no país – e, adivinha, pode afetar a inflação.
A notícia boa é que ontem, ao divulgar o IPCA-15, o IBGE mostrou que os preços estão se acomodando no país. Hoje a FGV divulga o IGP-M, uma espécie de "indicador antecedente" do IPCA, porque contempla os preços ao produtor.
Do exterior, o dado mais importante será a divulgação do Livro Bege, documento que mostra as condições da economia americana e ajuda no mapeamento das decisões futuras do Fed.
A manhã, de qualquer forma, começa de maneira tortuosa para o mercado financeiro. Os futuros americanos recuam com força e devem pesar sobre o resto do mercado. Ibovespa aí incluso. O EWZ também recua em Nova York.
Acontece que, para o Ibovespa, a notícia é ainda pior. Ontem, a bolsa brasileira fechou no menor patamar do ano, sob o peso de uma nova baixa dos papéis da Vale e dos bancos. Foi uma reação à alta dos juros em Nova York, que impulsiona a migração de recursos para o hemisfério norte. Bons negócios.
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