Bom dia!
O Bradesco divulgou uma queda de 1,6% no lucro líquido do primeiro trimestre do ano, quando comparado com igual período de 2023, mostrando que o inferno astral da instituição financeira ainda não foi superado. No ano passado, o banco de Osasco trocou de forma abrupta o seu CEO, na esteira de uma sequência de resultados decepcionantes e alta acelerada na inadimplência.
O lucro fechou o 1ºTRI em R$ 4,21 bilhões. A margem financeira (a principal fonte de receita de um banco) recuou 9%. E o ROE, que é o indicador de rentabilidade da operação, fechou em 10%, a metade do que o banco costumava entregar a seus acionistas.
No acumulado do ano, as ações do Bradesco recuam 20%. Nesta manhã, as negociações dos papéis em Nova York indicam viés de alta, isso apesar do resultado fraco.
O fato é que os mercados americanos amanheceram no azul após a turbulência causada pela reunião do Fed, no dia de ontem. O BC americano manteve as taxas de juros, como esperado. A oscilação veio da coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell. Primeiro, ele tirou da mesa a possibilidade de um novo aumento nos juros americanos, algo que investidores começaram a considerar, isso após tanta resiliência da inflação. Era uma notícia boa, e as ações chegaram a subir. Mas aí investidores refizeram as contas e não conseguiram decidir quando de fato os juros passariam a cair. É algo para o segundo semestre, isso já estava no radar, mas a pergunta é exatamente quando e quanto a taxa poderá ser reduzida.
Nisso, as bolsas fecharam a quarta no vermelho. Hoje, então, é dia de recuperação e o EWZ indica que a bolsa brasileira deverá pegar carona, isso após o feriado ter poupado a Faria Lima da montanha-russa de ontem. O ETF da bolsa brasileira em Nova York avança 0,90% no pré-mercado. O sinal positivo também pode ser atribuído a melhora na percepção de risco brasileiro pela agência Moody's. Ontem, a empresa de classificação de risco elevou o viés do Brasil para positivo, abrindo espaço para um upgrade no futuro.
Enquanto continuam a assimilar a decisão do Fed, investidores esperam os resultados da Apple, que saem após o fechamento do mercado. A companhia tem reportado vendas mais fracas na China, o que coloca o resultado da gigante sob pressão. Bons negócios.
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