Nesta semana, vamos falar sobre o Google. Tanto o serviço de busca da empresa, que agora incluirá a inteligência artificial (IA) quanto o sistema operacional para smartphones da companhia, o Android, que terá um recurso antifurtos. Tanto a busca quanto o Android foram abordados nesta semana por Helton Simões Gomes, colunista de Tilt. Vamos começar pelo Android 15, a próxima versão do sistema operacional da maioria dos celulares do mundo, que agora virá cheio de recursos contra fraudes, golpes e para reduzir os danos de furtos e roubos de smartphones. Muitas das ferramentas para frustrar os planos de bandidos nasceram da insegurança pública enfrentada por usuários brasileiros, afirma Dave Burke, vice-presidente de engenharia do Android. O executivo comentou a estratégia de ladrões no Brasil: de moto ou bicicleta, o criminoso furta o aparelho de alguém distraído e rapidamente abre a câmera para o celular não ter a tela bloqueada; assim, pode acessar contas de bancos e redes sociais. Por isso, agora o Android 15 passará a fazer o seguinte: - detectar roubos para bloquear a tela: assim que nota mudanças de comportamos característicos a um roubo, o celular dispara um sistema que trava a tela, somente liberada com as credenciais de acesso do dono;
- flagrar ligações telefônicas fraudulentas: o sistema do Android ouvirá a chamada em busca de sinais fortes de que se trata de uma fraude, a exemplo de pedidos urgentes de transferência de dinheiro, pagamentos com cartões-presente ou solicitação de informações sensíveis, como senhas;
- criar espaço privado: essa é outra função nascida de um comportamento de muitos brasileiros, que possuem dois celulares, um para andar na rua e outro para fazer operações sensíveis, como fazer um PIX ou assinar documentos digitais. Ela cria um ambiente restrito dentro do celular, somente acessível com senha diferente da usada para destravar o celular e que pode passar. Assim, pode abrigar aplicativos que os usuários querem manter longe de olhos alheios;
- travar remotamente: permite ao dono do celular travá-lo apenas usando o número de telefone e respondendo a um desafio usando qualquer aparelho;
- dificultar reset de celular: como alguns ladrões querem mesmo é roubar ou furtar o celular e reconfigurá-lo para vender, o Google vai dificultar a operação. A partir do Android 15, será preciso que o dono antigo autorize uma nova configuração do aparelho;
- enviar notificações escondidas automaticamente e senhas que funcionam uma vez só: essa habilidade dupla é um artifício para evitar golpistas que enganam usuários ao aplicar técnicas de engenharia social, ou seja, táticas que dependem menos da tecnologia e mais de alguma habilidade social.
- segurança avançada para celular: os celulares Android passarão a caprichar na forma como se conectam a estações de rádio-base para evitar antenas falsas, disponibilizadas com o único intuito de simular uma conexão para roubar os dados que trafegam no smartphone.
IA do GoogleA corrida do Google para abraçar a inteligência artificial generativa chegou com força aos serviços de email, de planilhas e de textos colaborativos. O Gemini, modelo de IA da companhia, passará a atuar de forma tão intensiva nessas plataformas, integrantes da suíte Google Workspace, que ele lerá seus emails para dizer a você o que está neles, fará planilhas a partir de informações financeiras enviadas a você e poderá até redigir mensagens inteiras com base no seu estilo de escrita. O alcance do Gemini será grande, mas não compreenderá todos os serviços do Google. A conta Google que dá acesso ao Workspace é a mesma usada para entrar no Google Photos, YouTube, Maps e Contatos. Ao menos por ora, porém, o modelo de IA não dará uma espiadinha nesses serviços para funcionar. Apesar de ser um mergulho em meio a informações sensíveis e mantidas por usuários em plataformas não acessíveis ao público, o Google afirma que o Gemini não compartilhará dados pessoais com outras pessoas nas respostas que dará a elas. |
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