Bolsas globais operam no terreno negativo nesta sexta (18). Os investidores estão preocupados com a perspectiva de uma inflação persistente em todo o mundo. Ao mesmo tempo, a crise imobiliária e o baixo crescimento econômico da China aumentam a aversão ao risco. Os mercados ainda repercutem a divulgação das vendas no varejo no Reino Unido e do índice de preços ao consumidor (CPI) na Zona do Euro. Ibovespa emendou na véspera sua 13ª queda seguida, chegando aos 114.982,30 pontos. A agenda local segue esvaziada, deixando o mercado local exposto aos ventos externos. Na parte política, as preocupações fiscais ressurgem. No primeiro dia de reuniões com diretores do Banco Central, economistas do Rio de Janeiro trataram das dificuldades de arrecadação à luz do exterior mais desafiador, expondo sua preocupação com risco de o governo não cumprir as metas do arcabouço. Índices futuros americanos registram baixa nesta manhã. O rendimento de 10 anos do Tesouro dos Estados Unidos subiu para o nível mais alto desde outubro de 2022. Esse movimento aconteceu após a divulgação da ata da reunião de julho do Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano), que sinalizou mais aumentos nos juros para conter a força da economia e os riscos de inflação. Dia negativo também para as Bolsas europeias, impactadas pela China. Internamente, os investidores repercutem a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) da Zona do Euro, que caiu 0,1% em julho em relação a junho — resultado alinhado às expectativas do mercado. O núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, também recuou 0,1%, mas subiu 5,5% na comparação anual, um pouco acima das projeções (5,3%). Ainda tivemos as vendas no varejo no Reino Unido, que caíram 1,2% em no mês passado — leitura pior do que a esperada pelo mercado (-0,3%). Na Ásia, as principais Bolsas fecham em queda. As preocupações com o setor imobiliário da China seguem no radar, após a incorporadora Evergrande entrar com um pedido de proteção contra falência nos EUA. A Bolsa de Xangai fechou em queda de 1%, atingindo a mínima do dia, e a de Shenzhen caiu 1,72%. Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei recuou 0,55%, e o índice Hang Seng de Hong Kong despencou 2,05%. Na Coreia do Sul, o índice Kospi fechou em baixa de 0,61%, e o Taiex de Taiwan caiu 0,82%. ********** EMPRESAS Novela sobre venda da participação da Petrobras na Braskem continua. A estatal voltou a negar que tenha tomado qualquer decisão sobre o assunto, em resposta à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). O questionamento se refere a supostas declarações feitas em reunião com analistas por Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, sobre "não haver planos de estatizar a Braskem". Segundo a companhia, quem participou deste encontro foi seu diretor financeiro Sergio Caetano Leite, não Prates, e o nome de Leite não foi citado no comunicado sobre a reunião. Santander consegue na Justiça suspensão de cobrança de PIS/Cofins. O banco anunciou que obteve liminar favorável do STF (Supremo Tribunal Federal) para suspender uma cobrança bilionária de PIS/Cofins sobre suas receitas brutas operacionais. O Santander argumenta que a aplicação imediata de medida causaria grande impacto financeiro, e que já está em curso o prazo de 30 dias para pagamento das contribuições sem a incidência de multa pelo atraso. S&P revisa perspectiva para a Cosan. O rating da companhia passou para BB-, com perspectiva mudando de estável para positiva. ********** Veja como foi o fechamento de dólar, euro e Bolsa na quinta (17): Dólar: -0,1%, a R$ 4,981 Euro: -0,15%, a R$ 5,415 B3 (Ibovespa): -0,53%, a 114.982,30 pontos ********** NA NEWSLETTER UOL INVESTIMENTOS Com a queda da Selic, os fundos multimercado se tornaram o segundo ativo mais buscado por quem quer aplicar seu dinheiro — logo atrás dos CDBs, que continuam em destaque. Na newsletter UOL Investimentos, você fica sabendo quais são e quanto rendem os investimentos mais procurados pelos brasileiros. Para se cadastrar e receber a newsletter semanal, clique aqui. Queremos ouvir você Tem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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