quinta-feira, 31 de agosto de 2023

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MOMENTO DO MERCADO
 
O Ibovespa negocia em queda de 0,7% no meio do dia. O principal índice da bolsa de valores brasileira acumula desvalorização de 4% em agosto. Ao longo do mês, o índice engatou uma ingrata sequência de 13 pregões consecutivos em baixa — a pior série da história. Nesta quinta-feira, 31 de agosto, o mercado aguarda o envio do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2024. A meta do governo de zerar o déficit fiscal no próximo ano é encarada com ceticismo e os investidores esperam ver detalhes desse projeto. O dólar comercial sobe 1,5%, cotado a R$ 4,94. A inflação de consumo nos Estados Unidos em julho foi de 0,2% — em linha com o projetado pelo consenso Refinitiv.
 
CONTAS PÚBLICAS
 
O governo entrega ao Congresso, nesta quinta-feira, o Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA). O texto deve prever uma ampliação de 1,7% nas despesas, considerando as regras do novo arcabouço fiscal, a partir de 70% da variação da receita. Segundo a ministra do Planejamento, Simone Tebet, a ampliação total do limite de gastos em 2024 será de 129 bilhões de reais. As frentes de arrecadação, entretanto, são incertas — como mostra a reportagem de Pedro Gil. A retomada do voto de qualidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) pode render R$ 40 bilhões ao governo no ano que vem. Mas o cenário é volátil, não só para essa fonte, mas as outras estudadas como a tributação dos fundos exclusivos. "Os números têm mudado. A gente está tendo que recalcular tudo o tempo todo", afirma uma fonte da equipe econômica.
 
ATIVA INVESTIMENTOS
 
O repórter Diego Gimenes entrevistou Étore Sanchez, economista-chefe da corretora Ativa Investimentos, no programa VEJA Mercado desta quinta-feira. O especialista diverge da projeção de aumento de arrecadação do governo e sobretudo da meta de zerar o déficit fiscal em 2024. Para não perder nenhuma edição do programa, siga o canal de VEJA no YouTube e também no Spotify.
 
FORA DA GAVETA
 
O deputado Arthur Maia (União-BA), relator da reforma administrativa aprovada em comissão especial há quase dois anos, resiste a voltar a comentar o assunto — trazido à tona pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que quer votar o texto de modernização do funcionalismo. Por mais que lideranças influentes da Casa pressionem pela retomada da discussão, não está claro se e quando o projeto vai avançar. O governo federal, assim como sua base de deputados, não manifesta qualquer interesse pela proposta. Nesse contexto, Maia é categórico. "Não tratarei desse tema enquanto não tiver absoluta certeza de que voltará à pauta", disse ao Radar Econômico.
 
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