Em mais uma tentativa de botar ordem na questão fiscal do país, o presidente Lula assinou medida provisória que prevê taxar os rendimentos de fundos exclusivos, voltados aos chamados "super-ricos". Trata-se de um limitado grupo de 2,5 mil fundos, com ativos em torno de R$ 750 bilhões. A MP agora vai ser analisada pelo Congresso. Entenda o que pode mudar. Além disso, o Ministério da Fazenda de Fernando Haddad enviou ao Legislativo um projeto de lei para taxar rendimentos em fundos offshore em até 22,5% por ano. As medidas são tentativas de cumprir a promessa de campanha de Lula: "colocar o rico no Imposto de Renda". José Paulo Kupfer prevê que a MP encontre resistência no Congresso, o que deve comprometer a meta de déficit fiscal primário zero, prometida pelo governo já para o ano que vem. Josias de Souza também concorda que a aprovação não será simples e lembra que, quando se começou a falar de medida desse calibre, "o jogo mudou". Para Reinaldo Azevedo, a MP "nada tem a ver com a taxação de grandes fortunas", mas apenas submete esses fundos fechados -"cloaca do ornitorrinco da desigualdade"- às mesmas regras dos fundos abertos. Já Leonardo Sakamoto afirma que, com essas providências, Lula tem dois propósitos: resolver a questão fiscal e fazer justiça social, corrigindo um pouco das distorções do sistema tributário brasileiro. José Paulo Kupfer: Com taxação de fundos, Lula inicia batalha para incluir super-ricos no IR Josias de Souza: Chegou a hora dos super-ricos! Já começou o esconde-esconde Reinaldo Azevedo: Os tais 'fundos exclusivos' são a cloaca do ornitorrinco da desigualdade Leonardo Sakamoto: Lula quer receita e justiça social ao propor taxar super-ricos |
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