Num dia em que a CPI do 8/1 se debruçou sobre as movimentações financeiras suspeitas do ajudante de ordens Mauro Cid, quem foi alvo de operação policial foi Jair Renan, um dos filhos de Jair Bolsonaro. E a PF investiga se o ex-presidente usou o dinheiro da venda ilegal das joias durante o período que ficou nos EUA nos três primeiros meses do ano. Para Leonardo Sakamoto, Jair Renan aparecer ligado a uma quadrilha investigada por estelionato, falsificação de documentos, sonegação e lavagem de dinheiro mostra que o clã Bolsonaro nunca compreendeu a necessária separação entre cargos públicos e interesses privados. Juliana Dal Piva analisa que, ao proteger os filhos, Bolsonaro protege a si mesmo. "O centro disso tudo sempre volta ao Bolsonaro, para a maneira como ele sempre comandou os negócios da família", diz. Wálter Maierovitch acredita que o fato de Bolsonaro ter anunciado a disposição de pleitear a restituição ao seu patrimônio privado das joias e relógios pivôs de escândalo mostra que falou mais alto sua "vocação argentária" -ou seja, de alguém para quem importa, em primeiro lugar, o poder da riqueza e do dinheiro. Para Josias de Souza, aceitar a tese da defesa de Bolsonaro de que ele é dono legítimo dos objetos equivale a admitir que, em certas circunstâncias, a corrupção é legal. Leonardo Sakamoto: Operação policial contra Jair Renan mostra que exemplo se aprende em casa Juliana Dal Piva: Bolsonaro não protege filhos, mas a si mesmo por temer 'strike' Wálter Maierovitch: Bolsonaro quer de volta joias dos brasileiros: seu bolso em primeiro lugar Josias de Souza: Tese da defesa no escândalo das joias desqualifica Jair Bolsonaro |
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