Bolsas em todo o mundo operam no terreno positivo nesta segunda-feira (21). Os investidores acompanham as decisões da China para combater a fragilidade da economia enquanto esperam pelo simpósio de Jackson Hole, quando o Banco Central dos Estados Unidos pode dar sinais mais claros sobre sua política de juros. No Brasil, a agenda de indicadores está mais fraca, mas a agenda econômica do governo no Congresso segue no radar. Ibovespa subiu na sexta (18), interrompendo uma sequência de 13 quedas. Com a agenda interna esvaziada, o mercado local está mais exposto ao exterior, que segue bastante agitado em meio a dúvidas quanto ao crescimento da China e à espera de sinais sobre as políticas monetárias dos bancos centrais. Na política, há preocupações quanto à reforma ministerial, que pode ameaçar a votação do arcabouço fiscal. O presidente Lula (PT) viajou no domingo (20) com ministros para a 15ª Cúpula dos Chefes de Estado do Brics em Johanesburgo, na África do Sul. Lula ainda visitará Angola e São Tomé e Príncipe. Índices futuros americanos operam alta, mesmo em meio às incertezas sobre a inflação. Os investidores aguardam pelo evento de Jackson Hole, no Kansas, que reúne banqueiros centrais, economistas e formuladores de política de todo o mundo. A reunião começa na quinta-feira (24) e vai até sábado (26). Espera-se que o presidente do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA), Jerome Powell, dê sinais mais assertivos sobre as perspectivas para os juros. Em semana esvaziada de indicadores, destaque para a leitura preliminar de agosto do PMI composto nos EUA, na Zona do Euro, Reino Unido e Alemanha. Todos serão divulgados na quarta (23). Bolsas europeias também sobem, após dados promissores na Alemanha. O índice de preços ao produtor (PPI) alemão recuou 6% em julho frente ao mesmo mês de 2022. A leitura vem sendo interpretada como positiva, uma vez que o BCE (Banco Central Europeu) ainda enfrenta dificuldades para levar a inflação da Zona do Euro ao consumidor de volta à meta de 2%. Os investidores ainda acompanham o evento de Jackson Hole, onde deve falar a presidente do BCE, Christine Lagarde. Na Ásia, Bolsas fecham sem sinal único, repercutindo decisões da China. O PBoC (Banco do Povo da China) anunciou um corte na taxa de referência (LPR) de um ano, de 3,55% para 3,45%, e manteve a de cinco anos em 4,20%. Segundo especialistas, a decisão deve ter impacto tímido, diante das dúvidas sobre a capacidade do país de impulsionar a economia. A Bolsa de Xangai fechou em baixa de 1,24% e a de Shenzhen, 0,99%. Já em Tóquio, o índice Nikkei subiu 0,37%, e o sul-coreano Kospi registrou alta de 0,17%. O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 1,82%, e o Taiex de Taiwan terminou estável. Mercado ainda observa desdobramentos da crise do setor imobiliário chinês. Na semana passada, a incorporadora Evergrande entrou com pedido de falência nos EUA. Os investidores também estão atentos à morosidade do governo chinês, que vem adotando medidas para tentar ajudar a economia, mas de forma bem devagar. Recentemente, a China adotou novas regras para impulsionar o mercado de capitais, incluindo cortes em taxas de negociação para investidores, e estimular a recompra de ações. O regulador do mercado local decidiu ainda pela extensão dos horários de negociação para ações e títulos. ********** EMPRESAS Tenda avalia fazer oferta subsequente de ações de até R$ 250 milhões. A confirmação do chamado follow on ainda depende de aprovação dos sócios e de uma avaliação das condições de mercado. Além disso, serão emitidas debêntures de até R$ 300 milhões. Americanas deve ter novo encontro com bancos credores para tentar acordo. A varejista informou que em duas semanas vai apresentar uma nova proposta e, em seguida, o balanço de 2022. Amanhã (22), o ex-presidente Sergio Rial — que ficou no cargo apenas nove dias — e a ex-superintendente de controladoria da empresa, Flavia Carneiro, serão ouvidos em audiência pública na CPI da Americanas. ********** Veja como foi o fechamento de dólar, euro e Bolsa na sexta (18): Dólar: -0,27%, a R$ 4,968 Euro: -0,26%, a R$ 5,401 B3 (Ibovespa): +0,37%, a 115.408,52 pontos ********** NA NEWSLETTER UOL INVESTIMENTOS Com a queda da Selic, os fundos multimercado se tornaram o segundo ativo mais buscado por quem quer aplicar seu dinheiro — logo atrás dos CDBs, que continuam em destaque. Na newsletter UOL Investimentos, você fica sabendo quais são e quanto rendem os investimentos mais procurados pelos brasileiros. Para se cadastrar e receber a newsletter semanal, clique aqui. Queremos ouvir você Tem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
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