O voto do ministro do STF Cristiano Zanin contra a descriminalização do porte de drogas, divergindo dos colegas que defenderam uma flexibilização da lei para o porte de maconha, acirrou as críticas que ele vinha recebendo de setores da esquerda. Indicado ao Supremo por Lula em uma escolha "pessoal" (e bastante contestada), o advogado do presidente na Lava Jato vem surpreendendo com posições consideradas conservadoras demais. Reinaldo Azevedo, evocando frase do ex-presidente Fernando Collor, disse que a atuação de Zanin deixou "a esquerda indignada e a direita perplexa". Para o jurista Wálter Maierovitch, Zanin assumiu uma posição "medieval", mostrando incapacidade em perceber que se trata de uma questão de saúde pública, não criminal. Josias de Souza ressaltou que Zanin fez uma "tabelinha" com o colega André Mendonça, que pediu vistas, interrompendo a votação. Segundo ele, seu voto mostrou um inesperado "viés bolsonarista" no campo dos costumes. Leonardo Sakamoto alertou que as posições de Zanin estimularam uma campanha para emplacar um ministro com origem "trabalhista" no STF, para a vaga que será aberta com a saída de Rosa Weber. Reinaldo Azevedo: Maconha: Zanin admite que lei discrimina preto e pobre e vota para mantê-la Wálter Maierovitch: Medieval, Zanin confunde questão de saúde pública com criminal Josias de Souza: Em tabelinha inusitada, Zanin levanta bola e Mendonça corta Leonardo Sakamoto: Voto de Zanin e saída de Weber levam à campanha por nome trabalhista no STF |
Nenhum comentário:
Postar um comentário