Suspense até a última hora. Boa parte da quarta (31) no Congresso foi de ameaças e recados, mais do que negociações. A Câmara dos Deputados aprovou à noite a Medida Provisória do governo Lula que garante a nova estrutura dos ministérios. O placar foi folgado, 337 votos a favor e 125 contrários, com uma abstenção, após a liberação bilionária de emendas parlamentares. O presidente Lula fez reuniões às pressas e negociou diretamente, tomando o lugar de seus líderes de governo, criticados por falta de articulação. A demarcação de terras indígenas, tema sensível e alvo de confronto com a bancada ruralista, volta para o Ministério da Justiça. A pasta da ministra Marina Silva (Meio Ambiente) perdeu funções. Para não caducar, a MP precisa ser votada ainda nesta quinta (1º) no Senado. STF aguarda novo ministro. O futuro ministro do Supremo Tribunal Federal vai se instalar no gabinete atualmente ocupado por Alexandre de Moraes. Carolina Brígido escreve que a mudança de Moraes para o gabinete de Ricardo Lewandowski, que se aposentou, está programada para a sexta (2). Ao que tudo indica, o advogado Cristiano Zanin deve ser o indicado do presidente Lula para a vaga. O novo ministro vai herdar os processos de Lewandowski e também uma equipe de 42 funcionários. STF fixa a pena de prisão de Collor. Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o ex-presidente Fernando Collor recebeu do STF (Supremo Tribunal Federal) a pena de oito anos e 10 meses de prisão, em regime fechado, à qual poderá recorrer em liberdade. O relator Edson Fachin havia estabelecido a pena em 33 anos e 10 meses. O caso deriva da Operação Lava-Jato. Em 2015, quando era senador, Collor foi denunciado por receber R$ 20 milhões em propinas para viabilizar um contrato de troca de bandeiras de postos de combustíveis celebrado pela BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Carolina Brígido escreve sobre os motivos que levaram Collor a ser condenado, pela primeira vez, 31 anos após deixar o Planalto. Ele não tem mandato, não há atrito do STF com outros poderes. "Aos 73 anos, Collor não será levado para a cadeia tão cedo", acredita. Junho de 2013, dez anos depois. As manifestações que tomaram as ruas do país em junho de 2013 completam uma década. Na época, o vice-presidente Geraldo Alckmin era governador de São Paulo, e a capital paulista tinha como prefeito o atual ministro Fernando Haddad. Como outras autoridades públicas, os dois políticos enfrentaram noites de assombro, vandalismo, depredações e caos. A reportagem de TAB convidou quatro ex-integrantes do MPL, o Movimento Passe Livre que convocava as manifestações, para fazer um balanço da experiência. Três são professores e uma é geógrafa. Também eles tentam até hoje decifrar o que aconteceu, em que momento (e por quem) os atos a favor da mobilidade urbana foram apropriados por grupos que deram passagem ao nacionalismo verde e amarelo e, a partir da eleição de 2018, à extrema-direita no poder. O ex-militante Lucas Monteiro critica setores afinados com a pauta popular: "O erro da esquerda foi tentar desqualificar as manifestações e reprimi-las". Desemprego estabiliza, serviços abrem vagas. A taxa de desemprego para o trimestre fevereiro-março-abril ficou em 8,5%. O número divulgado pelo IBGE na quarta (31) traz boas notícias: indica estabilidade; é a menor taxa para o período em oito anos, desde abril de 2015; teve queda de dois pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2022, quando o desemprego chegava a 10,5%; veio abaixo das expectativas do mercado. Alessandra Brito, analista da pesquisa Pnad Contínua, destaca que o padrão no Brasil do período fevereiro-março-abril é de aumento na população desocupada, o que não ocorre agora. Sobre os rendimentos médios dos trabalhadores, houve aumento de 7,5% na renda em relação ao mesmo período do ano passado. O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) registrou a abertura de 180 mil vagas de trabalho com carteira assinada em abril, movimento puxado pelo setor de serviços. Apenas quatro estados do Nordeste registraram saldo negativo de vagas de emprego. Thiago Wild e Bia Maia jogam pela manhã em Roland Garros. O tênis brasileiro tenta colocar dois nomes na terceira rodada em Roland Garros nesta quinta (1º). Bia Haddad Maia enfrenta às 6h (horário de Brasília) a russa Diana Shnaider. Zebra do torneio, Thiago Wild entra na quadra 9 por volta de 10h contra um tenista argentino canhoto, o experiente Guido Pella. Nas duplas, estreiam no torneio francês os brasileiros Thiago Monteiro e Ingrid Martins. Veja a ordem das partidas do dia em Tenis Brasil. O sérvio Novak Djokovic, atual número 3 do mundo, já está na terceira fase após vencer na quarta (31) o húngaro Marton Fucsovics por 3 sets a zero, sendo um dos sets por 6 a zero. "Se levantar o troféu em Paris, Novak terá 23 títulos do tipo e deixará para trás Rafael Nadal", escreve Alexandre Cossenza em Saque e Voleio. |
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