São 22h18 do dia 7 de junho. Dois ciclistas cruzam em velocidade com uma viatura na rua dos Timbiras, centro de São Paulo. Mais à frente, um deles desacelera já na rua Guaianases. O endereço é apontado na internet como localização de celulares roubados ou furtados. A rua é um dos redutos de receptação de celulares roubados e furtados na cidade. Em apenas uma apreensão feita em fevereiro, a Polícia Civil encontrou 269 aparelhos escondidos em imóveis e prendeu quatro pessoas por receptação qualificada. Vítimas costumam localizá-los ali usando a função de rastreamento do aparelho. Em março, um tuíte viralizou mostrando que um iPhone "furtado ou perdido" no festival Lollapalooza havia aparecido na região. O caso está longe de ser o único. Segundo investigações, quadrilhas usam empresas de fachada para fazer a receptação. Os criminosos repassam os aparelhos a passageiros de voos internacionais, as chamadas "mulas", que são pagas para levá-los a países da África. A reportagem do UOL passou 13 horas de tocaia em um hotel para observar o fluxo na região, situada no entorno da "cracolândia", a apenas 200 metros da 1ª Delegacia Seccional do Centro, e flagrou a ação de criminosos. "Operadoras conseguem bloquear celulares quando há registro de roubo ou furto por causa do banco de dados desses Imeis. Na Argentina e Paraguai, é mais fácil checar a base, pois as operadoras são as mesmas. Nos países africanos, não" Eduardo Tude, consultor em telecomunicações Leia a reportagem completa no UOL Prime Reportagem de Herculano Barreto Filho e Keiny Andrade |
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