O advogado de Bolsonaro no processo que corre no TSE usou uma estratégia interessante na defesa de seu cliente. Sustentou que o ex-presidente usou apenas uma linguagem inadequada na reunião em que disse a embaixadores que as urnas não eram confiáveis. Para Josias de Souza, o bacharel criou a tese de que a reunião "não foi parte de um plano para virar a mesa da democracia. Tratou-se apenas de um golpe contra a língua portuguesa". Leonardo Sakamoto comenta outro argumento da defesa, o de que a minuta golpista não pode fazer parte do julgamento. O raciocínio se sustenta em analogia com um julgamento da chapa Dilma-Temer, em 2017, que não admitiu a anexação documentos novos no processo. "A tática não vai mudar nada pois compara duas coisas diferentes, mas deve ajudar na vitimização do ex-presidente", avalia. O PL, de qualquer forma, já faz as contas do valor que seu integrante mais vistoso terá se for declarado inelegível. Para Thaís Oyama, a cotação do ex-presidente como cabo eleitoral ainda é alta: "à beira da inelegibilidade, o ex-presidente representa uma força inquestionável, como sabem, por exemplo, integrantes do PL que jamais admitirão em público o que dizem à boca pequena: Bolsonaro vale mais "morto" do que vivo". |
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