Olá, investidor. Em dia de feriado nos Estados Unidos, os mercados globais seguem de olho na crise na fronteira entre Rússia e Ucrânia, mas os sinais mistos emitidos pelo Kremlin tornam difícil prever se o desfecho das tensões se dará na forma de uma solução diplomática ou de uma invasão russa ao país vizinho. Na noite de domingo (20), o presidente francês Emmanuel Macron propôs uma reunião entre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Joe Biden, para buscar uma solução diplomática para o impasse envolvendo a Ucrânia. A condição imposta pelos EUA para que Biden participasse da cúpula foi a não invasão à Ucrânia pelas tropas de Putin. Entretanto, após o Palácio do Eliseu - residência oficial francesa - confirmar que ambos os líderes haviam concordado com o encontro, o governo russo informou que ainda não existem planos concretos para a reunião. A notícia veio como um balde de água fria para investidores ao redor de todo o globo, que haviam se empolgado com a perspectiva de uma solução diplomática para a crise, e voltou a reforçar as apostas em um ataque russo à Ucrânia nos próximos dias. Além disso, Rússia e Belarus anunciaram o prolongamento de exercícios militares que deveriam ser encerrados no domingo na região da fronteira com a Ucrânia, onde estima-se que estejam posicionadas cerca de 150 mil tropas russas. Em caso de guerra na Ucrânia, é esperado um aumento dos preços de combustíveis ao redor de todo o planeta, além de uma disparada dos preços do gás natural na Europa, que tem a Rússia como principal fornecedora do insumo. Esse cenário tende a provocar um novo surto de inflação ao redor do globo, e motiva um movimento de fuga do risco nos mercados globais, com investidores vendendo ativos que oferecem risco mais alto, como ações e criptoativos. Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Economia Investimentos): informações sobre os resultados da transmissora de energia elétrica Taesa no quarto trimestre de 2021. Um abraço, Felipe Bevilacqua Analista certificado e sócio-fundador da Levante
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