Bom dia, queridos leitores, como estão? Não quero enrolar muito hoje, então o papo vai ser pá-pum. Nossos colaboradores passaram a última semana em Petrópolis, contando histórias sobre as vítimas da maior chuva da história da cidade serrana fluminense. Em Mato Grosso do Sul, trouxemos denúncias sobre agrotóxicos sendo usados como "armas químicas" para destruir aldeias dos guaranis-kaiowás. E tem muito mais. Chuvas em Petrópolis Na última semana, os moradores de Petrópolis foram vítimas de uma chuva torrencial que destruiu parte da cidade e vitimou mais de 160 pessoas. TAB esteve lá para conversar com famílias, autoridades e contar as histórias de quem perdeu tudo para a água e a lama que afundou casas, ruas e sonhos. Na porta do IML, Fabiana Batista conversou com famílias angustiadas que aguardavam a identificação dos corpos de parentes. Rolland Gianotti, jornalista que vive em Petrópolis, contou a história do coveiro que ficou desalojado e agora mora no cemitério; do dono de uma livraria que perdeu todo o estoque de livros para a chuva; e dos turistas que precisaram passar a noite no Museu Imperial para se proteger da enchente. Mas pouca coisa comove mais que o esforço dos frades franciscanos da cidade; desde quarta-feira passada (16), 22 deles se revezam entre rezar por mortos e confortar os vivos em Petrópolis. Guerra biológica Outro destaque da semana é a reportagem de Rodrigo Bertolotto sobre as aldeias indígenas vítimas de "agressões químicas" no interior de Mato Grosso do Sul. Os fazendeiros da região são acusados de mandar aviões para pulverizar agrotóxicos nas áreas onde os guaranis-kaiowás vivem. Os casos e denúncias já se acumulam há anos, sem previsão de que algo seja resolvido. Adivinhação cibernética Do lado de fora da casa mais vigiada do Brasil, videntes e comentaristas fiéis do programa têm usado baralhos esotéricos e outras ferramentas espirituais para enxergar o futuro dos participantes. De quebra, ganham destaque profissional, evolução espiritual ou aquele biscoito no número de seguidores. Tiago Dias, repórter do TAB, falou com alguns dos "oráculos" do BBB sobre a nova obsessão do momento. 'Toma quem quer' Cerca de 1.500 agentes das polícias civil e militar de São Paulo não se vacinaram contra a covid-19. Mesmo pressionados no trabalho, eles se recusam por desconfiança quanto à efetividade do imunizante e também por não concordarem com a política do governador do estado, João Doria. O repórter Mateus Araújo conversou com policiais para entender por que 1,4% do efetivo policial é contra a imunização. Humanizar o desumanizado Entrevistei José Falero, escritor nascido em Porto Alegre que lançou em 2021 seu romance de estreia, "Os Supridores". Falero teve uma trajetória diferente dos demais escritores gaúchos, tornando sua ficção muito mais bacana de ler. Ele nasceu na periferia e trabalhou em subempregos durante grande parte da vida. Foi da sua experiência e uma paixão enorme pelo hábito de ler que passou a escrever histórias sobre vidas invisíveis da cidade. Deu ruim Enquanto artistas de alto calibre como Xamã, Baco Exu do Blues e Anitta se apresentavam no palco principal, quem estava nos bastidores do Rep Festival trabalhou sob condições abusivas e falta de higiene. Do Rio, Valmir Moratelli apurou que sequer havia água ou banheiros disponíveis para quem estava trabalhando. As denúncias trabalhistas pegaram mal nas redes sociais, especialmente por causa do discurso politizado de diversos rappers que se apresentaram no festival. |
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