segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

⚠️ Não tome remédio para artrite antes de ler isso!

Novo medicamento pode causar infarto e até câncer

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Novo tratamento para artrite reumatoide pode causar infarto e câncer; quais são as alternativas?

 

Ana Paula de Araujo, Editora

 

Quando um novo tratamento surge para uma doença como artrite reumatoide — que é autoimune e considerada crônica —, é justificável surgir uma chama de esperança. Foi o que aconteceu com o anúncio do remédio Xeljanz, nome comercial do citrato de tofacitinibe.

 

Apesar de, a princípio, parecer animador ter um novo remédio contra artrite reumatoide, isso também pode ser traiçoeiro. 

 

Um estudo recém-publicado publicado na revista científica New England Journal of Medicine, uma das mais importantes do mundo, aponta que este remédio aumenta o risco de doenças cardiovasculares e câncer em comparação aos remédios mais antigos.

 

O novo medicamento faz parte de uma nova classe de drogas usadas no tratamento da artrite reumatoide, artrite psoriática e colite ulcerosa.

 

Os perigos do novo tratamento de artrite reumatoide

 

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores investigaram mais de 4 mil pacientes. Todos eles tinham mais de 50 anos, com artrite reumatoide e não tiveram sucesso usando um remédio chamado metotrexato, que costuma ser a linha de frente no tratamento medicamentoso. 

 

Eles também tinham pelo menos um fator de risco para doenças cardiovasculares — fumantes, com pressão alta, histórico de doenças do coração e afins.

 

Estes pacientes foram acompanhados por quatro anos. Neste período, os estudiosos descobriram que a incidência do que eles chamam de eventos cardiovasculares adversos maiores (ECAM), como infarto e AVC, e de câncer (com exceção de câncer de pele não melanoma) era maior nos grupos que tomaram tofacitinibe — o princípio ativo do novo medicamento.

 

Eis o que foi descoberto:

  • 98 pacientes que ingeriram o remédio mais novo tiveram um problema cardiovascular (3,4% do total);
  • 122 pacientes do grupo do tofacitinibe (4,2%) desenvolveram câncer;
  • outros efeitos adversos foram mais comuns no grupo do remédio novo, incluindo maior probabilidade de desenvolver infecções oportunistas, como tuberculose e herpes zoster.

Para além do risco cardiovascular e de desenvolver câncer, a bula do tofacitinibe também traz efeitos colaterais extremamente preocupantes. Eles vão de diarreia e dor de cabeça a pressão alta, infecções e embolia pulmonar.

 

Trecho da bula do XELJANZ®, comercializado pela Pfizer, classifica como "comum" efeitos colaterais como pneumonia, infecção urinária, vômitos e dor nas articulações

 

Ironicamente, o estudo foi patrocinado pela Pfizer, fabricante do Xeljanz — nome comercial do tofacitinibe.

 

Em setembro do ano passado, a Food and Drug Administration (FDA, equivalente estadunidense à Anvisa brasileira) divulgou um comunicado confirmando que o tofacitinibe aumenta o risco de ataque cardíaco e AVC, câncer, coágulos e morte.

 

O órgão também solicitou que profissionais de saúde considerassem os riscos e benefícios da classe deste novo remédio para artrite reumatoide antes de começar ou continuar o tratamento.

 

Diante de tantos efeitos colaterais e riscos, existem outras formas de lidar com a artrite reumatoide?

 

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Quais são as alternativas para o tratamento de artrite reumatoide?

 

Antes de continuar a falar de terapias alternativas e/ou complementares, é preciso lembrar que a artrite reumatoide é uma doença autoimune que provoca a inflamação nas articulações do indivíduo.

 

Por isso, parte dos remédios usados no tratamento atuam como imunossupressores, ou seja, evitam que o sistema imunológico do paciente ataque o corpo — o que, a grosso modo, acontece em doenças autoimunes. É o caso do tofacitinibe, de acordo com documento da Comissão Nacional De Incorporação De Tecnologias No SUS (Conitec).

 

No entanto, existe outra forma de atacar a doença: lidando com a inflamação causada. Por exemplo, diversos estudos vêm enxergando na vitamina D uma alternativa interessante.

 

Vitamina D no tratamento de artrite reumatoide

 

Um deles, divulgado em janeiro deste ano no científico Frontiers in Immunology , aponta que a vitamina pode proteger o corpo das respostas inflamatórias da doença. 

 

Outra pesquisa também deste ano, mas publicada no British Medical Journal, apontou que suplementar vitamina D por cinco anos reduziu o índice de doenças autoimunes em 22%. 

 

Antes disso, em 2012, um artigo publicado na revista Therapeutic Advances in Endocrinology and Metabolism já havia apontado que a deficiência de vitamina D em pacientes com artrite reumatoide é comum — e que essa falta pode estar ligada a quão severa é a doença no indivíduo.

 

"A suplementação de vitamina D pode ser necessária tanto para a prevenção de osteoporose quanto para aliviar a dor em pacientes com artrite reumatoide", concluíram os autores.

 

Este nutriente é um dos principais componentes do VITADEK , suplemento do Vitaminas.com.vc. Ele traz uma combinação de grande importância para a saúde dos ossos: vitamina D e vitamina K. 

 

Juntas, elas funcionam como um "GPS" para que o cálcio chegue aos ossos, do contrário, o mineral pode acabar no lugar errado — por exemplo, se o mineral for para as veias e artérias, pode criar uma placa aterosclerótica e entupir as vias do sangue, causando uma série de problemas.

 

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Colágeno tipo II no tratamento de artrite reumatoide

 

Para além da artrite reumatoide, é comum que, com o passar dos anos, as dores nas articulações apareçam. 

 

Isso acontece porque a idade também traz uma queda na produção de colágeno — proteína que funciona como se fosse um "lubrificante" que une articulações e tendões, para que um osso não choque com o outro enquanto você se move.

 

Essa relação fez com que a ciência também tentasse entender o papel da proteína para melhorar a vida de quem tem artrite reumatoide.

 

Um estudo publicado no científico Arthritis Research & Therapy apontou que o colágeno tipo II — usado para finalidades médicas, e não estéticas — "exerce papel benéfico ao controlar as respostas inflamatórias" de pacientes com a doença, sendo "efetivo no tratamento da artrite reumatoide e seguro para consumo humano". 

 

Este benefício pode ser aproveitado por meio da suplementação de colágeno tipo II. Uma alternativa interessante disponível é o ArtiPro, que combina essa proteína com ácido hialurônico, vitamina C (que auxilia na formação do colágeno) e manganês, que auxilia na formação de ossos. 

 

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Se você tem artrite reumatoide e faz tratamento com um dos remédios citados nesta reportagem, não pare o tratamento por conta própria. Converse com o médico que está cuidando do caso sobre alternativas.

 

Abraços,

 

 

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Referências:

  • Ytterberg, Steven R et al. "Cardiovascular and Cancer Risk with Tofacitinib in Rheumatoid Arthritis." The New England journal of medicine vol. 386,4 (2022): 316-326. doi:10.1056/NEJMoa2109927
  • XELJANZ® (CITRATO DE TOFACITINIBE). Pfizer.
  • Sakalyte, Regina et al. "The Expression of Inflammasomes NLRP1 and NLRP3, Toll-Like Receptors, and Vitamin D Receptor in Synovial Fibroblasts From Patients With Different Types of Knee Arthritis." Frontiers in immunology vol. 12 767512. 19 Jan. 2022, doi:10.3389/fimmu.2021.767512
  • Kostoglou-Athanassiou, Ifigenia et al. "Vitamin D and rheumatoid arthritis." Therapeutic advances in endocrinology and metabolism vol. 3,6 (2012): 181-7. doi:10.1177/2042018812471070
  • Wei, Wei et al. "A multicenter, double-blind, randomized, controlled phase III clinical trial of chicken type II collagen in rheumatoid arthritis." Arthritis research & therapy vol. 11,6 (2009): R180. doi:10.1186/ar2870
 
 
 
 

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