A Rússia confirmou os temores do mercado e iniciou uma ampla invasão ao território ucraniano, apenas um dia após o anúncio das sanções a bancos e à dívida soberana do país pelos Estados Unidos. Após ter enviado tropas para os territórios separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia, o presidente russo Vladimir Putin ordenou uma ampla operação militar no país, e já há relatos de bombardeios nas proximidades da capital Kiev. O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, acusou as tropas russas de atacarem cidades pacíficas. As novas ofensivas revelam que Putin está disposto a ir à guerra para assegurar a influência russa no leste europeu, e evitar que a Ucrânia seja admitida na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar criada pelos Estados Unidos e vista como inimiga pelo presidente russo. Com a invasão à Ucrânia, o barril de petróleo tipo Brent - aquele extraído no Mar do Norte e negociado na Bolsa de Londres - ultrapassou a marca de US$ 100 pela primeira vez em sete anos. Isso porque o confronto pode provocar simultaneamente um aumento da demanda por combustíveis fósseis e uma redução do abastecimento energético na porção ocidental da Europa, altamente dependente da energia gerada nos países envolvidos no conflito. Além disso, a invasão fomenta um clima de pânico nas Bolsas de Valores ao redor do globo, fazendo com que os principais índices de ações do planeta despenquem, com perdas mais acentuadas no setor de tecnologia. Agora, investidores esperam pela divulgação de novas sanções à Rússia, na expectativa para que os Estados Unidos e os demais países membros da Otan adotem medidas mais rigorosas em resposta ao ataque à Ucrânia. Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Economia Investimentos): informações sobre os resultados do banco digital Nubank. Um abraço, Felipe Bevilacqua Analista certificado e sócio-fundador da Levante
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