As principais informações sobre o impacto da pandemia no Brasil e no mundo
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Até o momento, a pandemia do novo coronavírus já deixou 217.555 mortos e 3.126.806 contaminados no mundo e 5.017 mortos e 71.886 contaminados no Brasil.
CRISE FUNERÁRIA
O rápido aumento no número de mortes por Covid-19 ameaça provocar uma crise no sistema funerário em diversas capitais brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belém e Manaus, que foram obrigadas a colocar em prática planos emergenciais para evitar um colapso. Na capital paulista, por exemplo, o prefeito Bruno Covas autorizou a realização de enterros noturnos, enquanto em Manaus a prefeitura instituiu o sepultamento em três camadas, no qual um caixão é colocado sobre o outro. Nas últimas 24 horas, o país registrou um recorde de óbitos, com 474 vítimas fatais. Ao ser questionado sobre o triste número, o presidente Jair Bolsonaro respondeu: 'E daí? Não faço milagres'.
TESTES RÁPIDOS
A Anvisa aprovou a realização de testes rápidos de anticorpos para o novo coronavírus em farmácias. Segundo o órgão, os exames vão auxiliar no diagnóstico, mas não terão finalidade confirmatória e, por isso, não entrarão na contagem oficial da Covid-19 no país. Esse tipo de teste identifica a resposta do corpo à infecção, ou seja, procura anticorpos produzidos pelo organismo e indica se a pessoa já teve contato com o vírus. A autorização deve ampliar a oferta e a rede de testagem, além de reduzir a alta demanda em serviços públicos de saúde, já que até o momento os exames para o coronavírus são realizados somente em clínicas e hospitais.
SUSPENSÃO DE VOOS
O aumento no número de casos de coronavírus no Brasil preocupa autoridades americanas, como o presidente Donald Trump e o governador da Flórida, Ron DeSantis. Por causa disso, Trump insinuou que estaria disposto a restringir a entrada nos Estados Unidos de voos que partem daqui. "O Brasil tem um surto sério, como vocês sabem", disse o líder americano. DeSantis sugeriu, como possível solução, que companhias aéreas testem os passageiros antes do embarque. Dados mais recentes divulgados pelas autoridades de turismo da Flórida mostram que mais de 1,2 milhão de brasileiros visitaram o estado americano em 2018, ficando atrás somente de turistas canadenses e britânicos.
PERIGO NO AR
Um estudo realizado pela Universidade de Wuhan, cidade onde surgiu o novo coronavírus na China, indica que o vírus causador da Covid-19 pode permanecer no ar. Pesquisadores encontraram pedaços do material genético do vírus, chamados de aerossóis, flutuando no ar em espaços com pouca ventilação dentro ou próximos de hospitais. Apesar disso, ainda não é possível dizer se essas partículas poderiam causar infecções – essa possibilidade tem sido motivo de debate e novos estudos, pois a suspeita é que os aerossóis possam ficar no ar por horas. Desta forma, a indicação segue a mesma: higienize sempre as mãos e evite lugares cheios.
JOGOS AMEAÇADOS
Sem uma perspectiva precisa de quando o período agudo da pandemia vai acabar ou um prazo para o desenvolvimento de uma vacina, as autoridades do Japão já admitem um possível cancelamento da Olimpíada de Tóquio, remarcada para julho de 2021. Presidente do comitê organizador dos Jogos, Yoshiro Mori descartou um novo adiamento e lembrou de momentos no passado no qual o evento foi cancelado, como em períodos de guerra. "Dessa vez lutamos contra um inimigo invisível", disse. Já o chefe da Associação Médica do Japão, Yoshitake Yokomura, condiciona a realização da Olimpíada ao desenvolvimento de uma vacina. Até o momento, o Japão registra mais de 13.000 casos e 394 mortes por coronavírus.
NA TELA, CONTROVÉRSIA
Como forma de evitar o contágio da Covid-19, todas as salas do cinema do país foram fechadas em março, quando se deu início o isolamento social. Em 17 de abril, porém, dois cinemas foram reabertos, nas cidades gaúchas de Santa Rosa e Três Passos, onde as prefeituras relaxaram a quarentena. Na última semana, 157 pessoas desafiaram as orientações da OMS e foram assistir aos longas exibidos na rede Cine Globo, que pertence ao empresário Levy Filho. Ele defende a decisão e diz que medidas preventivas foram tomadas, como o uso obrigatório de máscara e o espaçamento de dois metros entre cada pessoa. Vale ressaltar, porém, que, mesmo com as precauções, a recomendação é para ficar – e ver filmes – em casa.
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